Jurei de pés juntos que jamais abriria meu coração
Não iria deixar nenhum mísero sentimento escapar
Estava decidido a trancá-lo para sempre no alçapão
Havia me cansado de tentar, tentar e nunca amar
Mas as circunstâncias mudaram e eu quis sentir
Aquele calor gostoso que aconchega a solidão
Que me fazia ficar preocupado em criar e construir
Situações e momentos pra "ficar no coração!"
Ah, o sabor da ilusão ainda adoça meus lábios
O calor que toca meu peito é apenas o meu
E ainda lembro todos conselhos dos sábios
Mas mesmo assim caí no que não aconteceu
O meu 2014 foi amolecido por novas amizades
Tentei conquistar dois amores impossíveis de obter
Até ofereci ilusórios sentimentos de felicidades
E no fim me restou míseros beijos para roer
Já 2015 começou terminando o que nunca começou
Já me cansa ser sempre a pessoa certa na hora errada
Fui pouco tentando ser muito, mas apenas sou quem sou
E no fim me restaram mágoas e uma ferida mirrada
E de agora pra frente juro novamente não abrir o coração
Não irei deixar sequer um mísero sentimento escapar
Trancado por um bom tempo novamente será no alçapão
Chega de tentar ser pra outrem, para mim apenas será
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Versados Sonhos Noturnos
Pensei nas possibilidades e nas chances
Qual a porcentagem de que eu ache você?
Procurei nos livros, nas cores e nas nuances
O que faço para esquecer e não mais ver?
Versos silenciados pela noite que não via fim
A vontade de acariciar as tuas chamas vermelhas
Procurei nos livros, nas cores e nas nuances
O que faço para esquecer e não mais ver?
Versos silenciados pela noite que não via fim
A vontade de acariciar as tuas chamas vermelhas
Sonhos que vem nos momentos que não e que sim
Meus dedos por seu esguio corpo geram centelhas
E o que me é mais estranho é a distância
De nunca ter sido alvo do teu sorriso e do teu olhar
Nunca ter te ouvido de perto me dá uma ânsia
A limitação das palavras escritas me faz imaginar
Tudo que fala me parece tão perto de mim
Como se pudéssemos gastar horas rindo do nada
Morrendo e renascendo num pequeno pé de alecrim
Ouvindo a passarada anunciar o fim da madrugada
Sonhos à la Zé Manoel - Fantasia de um Alecrim Dourado
Meus dedos por seu esguio corpo geram centelhas
E o que me é mais estranho é a distância
De nunca ter sido alvo do teu sorriso e do teu olhar
Nunca ter te ouvido de perto me dá uma ânsia
A limitação das palavras escritas me faz imaginar
Tudo que fala me parece tão perto de mim
Como se pudéssemos gastar horas rindo do nada
Morrendo e renascendo num pequeno pé de alecrim
Ouvindo a passarada anunciar o fim da madrugada
Sonhos à la Zé Manoel - Fantasia de um Alecrim Dourado
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Saudades e Apreços
Procurava todos os dias sem saber
As lembranças de um tempo recente
Pelos cliques, me saciava ao apenas ver
O que ontem passou e hoje não é presente
Não sobrou nenhum arrependimento
Mas o que poderia fazer pra ter dado certo?
Talvez o errado fosse somente o momento
Talvez não era mesmo para se estar perto
Ainda vem uma fisgada de saudade ao lembrar
Dos momentos bons que vivi naquele período
Como o dia que almoçamos no chão duro a suar
De tantos outros que queria ter passado contigo
Mas aquele fogo passou mais rápido do que veio
Porque não foi construído como no começo
Ele foi apagado com um balde lotado de gelo
E hoje só resta um pequeno e humilde apreço
Apreço pelos bons momentos que insisto em guardar
Apreço por querer não acreditar que foram uma mentira
Apreço por ter sentido no peito algo que me fez arfar
Apreço por ter amado, sentimento que ninguém me tira
E o tempo se encarregou de passar
Passar para trás o que já não continua
Sem volta, sem arrependimento, sem pesar
Fica apenas aquela história minha e sua
As lembranças de um tempo recente
Pelos cliques, me saciava ao apenas ver
O que ontem passou e hoje não é presente
Não sobrou nenhum arrependimento
Mas o que poderia fazer pra ter dado certo?
Talvez o errado fosse somente o momento
Talvez não era mesmo para se estar perto
Ainda vem uma fisgada de saudade ao lembrar
Dos momentos bons que vivi naquele período
Como o dia que almoçamos no chão duro a suar
De tantos outros que queria ter passado contigo
Mas aquele fogo passou mais rápido do que veio
Porque não foi construído como no começo
Ele foi apagado com um balde lotado de gelo
E hoje só resta um pequeno e humilde apreço
Apreço pelos bons momentos que insisto em guardar
Apreço por querer não acreditar que foram uma mentira
Apreço por ter sentido no peito algo que me fez arfar
Apreço por ter amado, sentimento que ninguém me tira
E o tempo se encarregou de passar
Passar para trás o que já não continua
Sem volta, sem arrependimento, sem pesar
Fica apenas aquela história minha e sua
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Sim, "menina"!
Ela se emaranhava todo dia em poesias
Pensando nos dias que talvez nunca virão
Entre versos, rimas sentimentos e maresias
Se encantava com o que é e no que não
Ela sentia no seu coração que era pouco
Mas sem querer ela era mais que todos
Sem fazer doce ou até um ouvido mouco
Sentia, vivia e sorria: "seus loucos!"
Loucos por estarem presos à amarra
do destino inefável que a sociedade impunha
Loucos por não mostrarem um pouco de garra
pra serem agentes e não apenas uma testemunha
Ela era rima de amor com insegurança
Ela juntava indecisão com objetivos concretos
Ela queria que talvez fosse como numa dança
Extravagante, sim, mas ao mesmo tempo discreto
Ela queria o mundo inteiro ao alcance da mão
Mas o mundo é muito grande pra uma só pessoa
Ela queria muito ouvir mais "sim" e menos "não"
Os vários desejos de seu coração em minhas rimas
Ressoa.
Pensando nos dias que talvez nunca virão
Entre versos, rimas sentimentos e maresias
Se encantava com o que é e no que não
Ela sentia no seu coração que era pouco
Mas sem querer ela era mais que todos
Sem fazer doce ou até um ouvido mouco
Sentia, vivia e sorria: "seus loucos!"
Loucos por estarem presos à amarra
do destino inefável que a sociedade impunha
Loucos por não mostrarem um pouco de garra
pra serem agentes e não apenas uma testemunha
Ela era rima de amor com insegurança
Ela juntava indecisão com objetivos concretos
Ela queria que talvez fosse como numa dança
Extravagante, sim, mas ao mesmo tempo discreto
Ela queria o mundo inteiro ao alcance da mão
Mas o mundo é muito grande pra uma só pessoa
Ela queria muito ouvir mais "sim" e menos "não"
Os vários desejos de seu coração em minhas rimas
Ressoa.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Espinhos
Uma flor tão bela quanto a lua cheia
Tão colorida quanto a viva aquarela
Inconstante, distante, atenta e alheia
Gotas de indecisão em cada pétala
De tantas cores e aromas mais belos
Escolheu me oferecer seus espinhos
Duros, afiados, numerosos e singelos
Em minhas mãos os vários pontinhos
Eu, disposto a segura-la nas mãos
A flor, sem muito, apenas me fitava
Eu, disposto por ela tudo fazer
A flor, sem muito, apenas me escutava
De tantos espinhos que recebi
Acabei por desistir daquela flor
Aceitei o fato dela não me querer ali
De minhas mãos já não receberia calor
De tantas cores e aromas mais belos
Escolheu me oferecer seus espinhos
Saiu do vivo vermelho, foi pro amarelo
Da palidez, distância... Longínquo
Não pude oferecer o melhor adubo
Nem mesmo a melhor estufa ou tempo
Mas esta flor precisa de mais que o cubo
de pequenas coisas que ofereci, como o vento
O vento carregado de sentimentos e de amor
O vento de meu coração que saía pelos lábios
O vento que era simples e comum mas com furor
O vento que passava mas estava sempre dos lados
De tantas cores e aromas mais belos
Escolheu me oferecer seus espinhos
Duros, afiados, numerosos e singelos
Em meu coração vários pontinhos
Pontos de sangue
De quem sangra por amar
Que sangra por tanto querer
Que sangra por saber que não vai voltar
Que sangra
Por seus espinhos.
Tão colorida quanto a viva aquarela
Inconstante, distante, atenta e alheia
Gotas de indecisão em cada pétala
De tantas cores e aromas mais belos
Escolheu me oferecer seus espinhos
Duros, afiados, numerosos e singelos
Em minhas mãos os vários pontinhos
Eu, disposto a segura-la nas mãos
A flor, sem muito, apenas me fitava
Eu, disposto por ela tudo fazer
A flor, sem muito, apenas me escutava
De tantos espinhos que recebi
Acabei por desistir daquela flor
Aceitei o fato dela não me querer ali
De minhas mãos já não receberia calor
De tantas cores e aromas mais belos
Escolheu me oferecer seus espinhos
Saiu do vivo vermelho, foi pro amarelo
Da palidez, distância... Longínquo
Não pude oferecer o melhor adubo
Nem mesmo a melhor estufa ou tempo
Mas esta flor precisa de mais que o cubo
de pequenas coisas que ofereci, como o vento
O vento carregado de sentimentos e de amor
O vento de meu coração que saía pelos lábios
O vento que era simples e comum mas com furor
O vento que passava mas estava sempre dos lados
De tantas cores e aromas mais belos
Escolheu me oferecer seus espinhos
Duros, afiados, numerosos e singelos
Em meu coração vários pontinhos
Pontos de sangue
De quem sangra por amar
Que sangra por tanto querer
Que sangra por saber que não vai voltar
Que sangra
Por seus espinhos.
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Cores e Formas
De muitas formas eu colori os lábios
Abraços, beijos, elogios e sorrisos
Todos os quereres mais simples e falhos
Todos os amores diretos e concisos
Fiz de mim o receptor de tudo e de todas
E de você a fonte de toda a felicidade
Sem esperar um dia comemorar as bodas
Mas desejando com uma leve ansiedade
Coloco em mim agora aquela fonte
Sem pensar duas vezes, sem pestanejar
Me oferecendo o pôr do sol no horizonte
E as estrelas no céu noturno a brilhar
Porque deposito sempre o tudo noutrem?
Na insegurança da vil insignificância
Apago meu eu, mas e se eles se forem?
Os amores, os calores, a abundância...
O simples fato de cogitar a falta de tudo
Me dói o coração e me faz reduzir o eu
Para que nada se perca nesse escuro
Mas hoje vejo que isso nem aconteceu
Me é requerido ser como todos são
Ser ótimo, mas não tão ótimo assim
A distância gera saudade e ilusão
Não preciso disso para amar sem fim
A falta dessa frieza me incomoda
Meu coração é apenas carinho e sorriso
Sem dificuldade ou sem barreira torta
A sinceridade estampada de ciso a ciso
Não sei ser frio quando já sofri gelado
E não desejo essa frieza a ninguém vivo
Só tenho espaço pro calor aqui do lado
Sem friezas e sem distâncias mas altivo
Coloco em mim agora aquela fonte
Sem pensar duas vezes, sem lacrimejar
Me oferecendo o pôr do sol no horizonte
E as estrelas no céu noturno a brilhar
Aqui aguardo pela simplicidade
Pelo descompromisso com o que está dado
Por apenas amar sem nenhuma dificuldade
Porque é tão difícil estar fora do quadrado?
Abraços, beijos, elogios e sorrisos
Todos os quereres mais simples e falhos
Todos os amores diretos e concisos
Fiz de mim o receptor de tudo e de todas
E de você a fonte de toda a felicidade
Sem esperar um dia comemorar as bodas
Mas desejando com uma leve ansiedade
Coloco em mim agora aquela fonte
Sem pensar duas vezes, sem pestanejar
Me oferecendo o pôr do sol no horizonte
E as estrelas no céu noturno a brilhar
Porque deposito sempre o tudo noutrem?
Na insegurança da vil insignificância
Apago meu eu, mas e se eles se forem?
Os amores, os calores, a abundância...
O simples fato de cogitar a falta de tudo
Me dói o coração e me faz reduzir o eu
Para que nada se perca nesse escuro
Mas hoje vejo que isso nem aconteceu
Me é requerido ser como todos são
Ser ótimo, mas não tão ótimo assim
A distância gera saudade e ilusão
Não preciso disso para amar sem fim
A falta dessa frieza me incomoda
Meu coração é apenas carinho e sorriso
Sem dificuldade ou sem barreira torta
A sinceridade estampada de ciso a ciso
Não sei ser frio quando já sofri gelado
E não desejo essa frieza a ninguém vivo
Só tenho espaço pro calor aqui do lado
Sem friezas e sem distâncias mas altivo
Coloco em mim agora aquela fonte
Sem pensar duas vezes, sem lacrimejar
Me oferecendo o pôr do sol no horizonte
E as estrelas no céu noturno a brilhar
Aqui aguardo pela simplicidade
Pelo descompromisso com o que está dado
Por apenas amar sem nenhuma dificuldade
Porque é tão difícil estar fora do quadrado?
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Abraços e Amparos
Em tuas janelas se acumulava o orvalho
Das vezes que a liberdade estava no laço
A moldura molhada mas firme, de carvalho
E eu gentilmente o acolhia em meu abraço
Das que caíram só vi algumas gotas
Que ainda estão aqui molhando meu peito
Das que nunca vi só imagino algumas poucas
Que nas pernas encontraram seu último leito
Que meu abraço seja sempre seu acalanto
Que em meus braços sinta sempre o encanto
Que de meu rosto possa ouvir sempre o canto
Que no meu peito possa achar seu recanto
Um abraço para amparar as muitas dores
Todos os abraços para amparar a vida inteira
Enquanto te abraço que se preencha de cores
Assim como, de vermelho, se colore a roseira
Tirinha e Inspiração Original por: Venes Caitano
domingo, 30 de agosto de 2015
Segredos Esquecidos
Lembrei do ontem como se fosse agora
Os toques, os olhares e as conversas
Deitados e amados pela noite afora
Flutuações que iam e vinham às pressas
A areia do cotidiano preenchia a mente
O escuro do dia a dia apagava o brilho
Do teu céu tão lindo, claro e indecente
Saindo dos teus pés, percorria seu trilho
Eu de um lado ouvindo teus segredos
Você do seu lado ouvindo seus anseios
Enquanto em seu corpo seguiam meus dedos
Minha boca insaciável circulando seus seios
De palavras se fizeram os carinhos
De carinhos se fizeram os sentimentos
De sentimentos se fizeram os sorrisos
E de sorrisos se fizeram os momentos
Momentos que ficaram marcados no peito
Enquanto você abria seu coração e chorava
E eu segurando suas pesadas lágrimas sem jeito
Mas com toda a sinceridade de quem apenas amava
Confesso que realmente cheguei a esquecer
Do que era ruim e do que nada acrescentava
Doía no peito, no amor e não parava de doer
Aqueles segredos maciços que tanto machucava
Do agora espero que sejam apenas boas memórias
Não mais lembranças tortas que insistem em voltar
Escrever novas páginas dessa nossa história
Com carinho, atenção e liberdade, nunca ruim
Sempre a te amar...
Tirinha e Inspiração Original: Fábio Moon e Gabriel Bá
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
De Quereres Queríveis
Queria um abraço
Disse o eremita
Queria mais espaço
Disse o individualista
Queria um aperto
Disse o folgado
Queria um emprego
Disse o desempregado
Queria um jantar
Disse o esfomeado
Queria me revoltar
Disse o conformado
Queria uma cabeleira
Disse o careca
Queria uma brejeira
Disse a perereca
E eu? Eu queria você
Não como quem não tem
Mas como o bolo quer glacê
Ou um moleque quer um vintém
Queria quereres inqueríveis
Quereres que queria não querer
Queria que fosse tudo querível
Não vivo de querer, mas de você
Disse o eremita
Queria mais espaço
Disse o individualista
Queria um aperto
Disse o folgado
Queria um emprego
Disse o desempregado
Queria um jantar
Disse o esfomeado
Queria me revoltar
Disse o conformado
Queria uma cabeleira
Disse o careca
Queria uma brejeira
Disse a perereca
E eu? Eu queria você
Não como quem não tem
Mas como o bolo quer glacê
Ou um moleque quer um vintém
Queria quereres inqueríveis
Quereres que queria não querer
Queria que fosse tudo querível
Não vivo de querer, mas de você
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Corações Pulsantes
Corações pulsantes
Sustentam os olhares
Mais intensos que antes
Frios como os mares
Mãos trêmulas e fracas
Da responsabilidade vil
Se fecham, cheias de marcas
Se retraem ao sentir o frio
Pés cansados e vacilantes
Seguindo, seguindo e seguindo
Não mais correm como antes
Daquele vigor não há nem um pingo
Amores que permeiam a existência
Compuseram o coração e a razão
O que resta? A experiência
de ter vivido o que viveu e o que não
Corações pulsantes
Sustentam pesares
Menos intensos que antes
Frios como os mares
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Nosso Sorriso
Num sorriso tudo sumiu
Sumiu aquela dor
como quem nunca sentiu
sobrou até um pouco de amor!
Um sorriso que persistiu
Durante o dia inteirinho
Contagiou quem o viu
Tipo criança com danoninho
Fez até estas rimas ficarem assim
Leves, bobinhas e despreocupadas
Parece que esse sorriso nunca tem fim
Sorriso cheio de flores perfumadas
Voltei, olhei e de longe já vi
O sorriso que vem de encontro ao meu
Meu rosto esquentou e logo percebi
Aquele belo e inconfundível sorriso seu...
Sumiu aquela dor
como quem nunca sentiu
sobrou até um pouco de amor!
Um sorriso que persistiu
Durante o dia inteirinho
Contagiou quem o viu
Tipo criança com danoninho
Fez até estas rimas ficarem assim
Leves, bobinhas e despreocupadas
Parece que esse sorriso nunca tem fim
Sorriso cheio de flores perfumadas
Voltei, olhei e de longe já vi
O sorriso que vem de encontro ao meu
Meu rosto esquentou e logo percebi
Aquele belo e inconfundível sorriso seu...
sábado, 1 de agosto de 2015
Condenada Alma
Caminhos
Gritantes
Redemoinhos
Revoltantes
Estradas
Sinuosas
Lotadas
Duvidosas
Caminhei
para o fim
Caminhei
para mim
Fui e voltei
Vivi e esqueci
Só tentei
e nisso, cresci
De flores e jardins
Ao pó e ao nada
Conheci os confins
de minha alma
Condenada
Gritantes
Redemoinhos
Revoltantes
Estradas
Sinuosas
Lotadas
Duvidosas
Caminhei
para o fim
Caminhei
para mim
Fui e voltei
Vivi e esqueci
Só tentei
e nisso, cresci
De flores e jardins
Ao pó e ao nada
Conheci os confins
de minha alma
Condenada
terça-feira, 21 de julho de 2015
De um Cafuné
Entrelacei os dedos em teus cabelos
E sem querer entrelacei minha alma
Apertados, batendo até os cotovelos
Quis aproveitar com toda a calma
As tonalidades indo do escuro pro claro
Me entorpeciam enquanto só viajava
As cores suaves tal qual o canto do pássaro
O toque tão sutil e singelo que me conquistava
Do branco vi o preto que saía pela entrada
Puxando com plenitude o empurrar de lata
Sujo de tantas cores, mas de alma lavada
Dormia, no fim, seguro, ao som da cascata
Sem lágrimas
Sem caladas
Sem escuro
Sem nada
sábado, 18 de julho de 2015
Mãos Entrelaçadas
Mãos que apertam forte e suave
Intensas, quentes, vivas e sinceras
Mãos tão leves quanto uma ave
Mas ferozes como a maior das feras
Um toque tão sutil que parecem nuvens
A flutuar em momentos de intenso torpor
Regadas pelo suor dos 'vais' e dos 'vens'
Percorrem, famintas e com intenso ardor
Percorrem espaços estreitos e espaçosos
Escondidos, expostos, oclusos e aparentes
Tão forte que dá pra sentir o calor nos ossos
Tão sutis que arrepiam e tremem os dentes
Mãos que se tocam em harmonia musical
Fazem uma orquestra dos entrelaçar dos dedos
Mais complexa e completa que num recital
Mais simples e natural como o menor dos medos
Mãos que empurram o receio pro lado
Acariciam o rosto com carinho infinito
Anseiam por nunca sair do teu lado
Mãos entrelaçadas, bailando, no ritmo
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Solitude
O som do calor humano mente e agrada
Se faz com mil faces, bonitas e arrojadas
Desfaz os nós e as entranhas embaralhadas
Sorri como o amor ao ver sua amada
Mas o inteiro de si se basta para só
Para só, sozinho, por si, sem ninguém
Sem um, nenhum, sem mais, sem pó
Isolado, nenhuma alma, sem nada além
Sem calor, sem caô, sem doutor
Somente o nada, me basta, me convém
Ao som do vento, do eu e do clamor
Pela solitude, por mim e por mais ninguém
Gratidão pelo silêncio do coração
Somente batidas, compassadas ou não
Sem vozes, sem problemas, sem exclusão
Sem ideias, sem barulho, sem obrigação
Somente o nada, me basta, me convém
Pela solitude, por mim e por mais ninguém
Se faz com mil faces, bonitas e arrojadas
Desfaz os nós e as entranhas embaralhadas
Sorri como o amor ao ver sua amada
Mas o inteiro de si se basta para só
Para só, sozinho, por si, sem ninguém
Sem um, nenhum, sem mais, sem pó
Isolado, nenhuma alma, sem nada além
Sem calor, sem caô, sem doutor
Somente o nada, me basta, me convém
Ao som do vento, do eu e do clamor
Pela solitude, por mim e por mais ninguém
Gratidão pelo silêncio do coração
Somente batidas, compassadas ou não
Sem vozes, sem problemas, sem exclusão
Sem ideias, sem barulho, sem obrigação
Somente o nada, me basta, me convém
Pela solitude, por mim e por mais ninguém
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Sorrisos
Já me encantei por muitos sorrisos
Abertos, tímidos, sinceros e fingidos
Cheios de dentes, lábios e brilhos
Naturais e os de batom tingidos
Sorrisos que me preencheram
Mas há muito que não os vejo
Outros que eram raros e preciosos
Sempre escondidos num bocejo
Sorrisos que brilharam forte
Tal qual o sol ainda brilha lá fora
Sorrisos que me deram sorte
Quando apareceram naquela hora
Sorrisos que não eram 'sorridos' somente
Com a boca, mas como quem sente
Que o verdadeiro sorriso está presente
muito além de uma fileira de dentes
Sorrisos dados das profundezas
Sorrisos que preencheram
Que eram raros
Que se esconderam
Brilharam
Conduziram
E sorriram para mim
Sorrisos que eram
Como os teus são hoje
Conquistam
Expressam
Encantam
Hipnotizam
Sorriem
Apreciando o teu sorriso ao som de: Bonobo - 'Black Sands'
Abertos, tímidos, sinceros e fingidos
Cheios de dentes, lábios e brilhos
Naturais e os de batom tingidos
Sorrisos que me preencheram
Mas há muito que não os vejo
Outros que eram raros e preciosos
Sempre escondidos num bocejo
Sorrisos que brilharam forte
Tal qual o sol ainda brilha lá fora
Sorrisos que me deram sorte
Quando apareceram naquela hora
Sorrisos que não eram 'sorridos' somente
Com a boca, mas como quem sente
Que o verdadeiro sorriso está presente
muito além de uma fileira de dentes
Sorrisos dados das profundezas
Sorrisos que preencheram
Que eram raros
Que se esconderam
Brilharam
Conduziram
E sorriram para mim
Sorrisos que eram
Como os teus são hoje
Conquistam
Expressam
Encantam
Hipnotizam
Sorriem
Apreciando o teu sorriso ao som de: Bonobo - 'Black Sands'
quarta-feira, 6 de maio de 2015
A Mensagem
C. Z.,
Tantas vezes.
Tantos olhares pela universidade.
Tantas situações criadas mas nenhuma efetivada.
Tantas.
Hoje, por acaso, você apareceu como uma pessoa que eu talvez conhecesse.
Confesso que fiquei surpreso.
Muito.
De verdade!
Eu sabia seu nome, apenas.
Mais nada.
Sabia que você era (e ainda é) uma pessoa que eu preciso conhecer antes de seguir meu caminho por sei lá onde.
Sabia que eu ficaria inquieto se não pudesse falar ao menos um 'oi' para uma pessoa tão interessante como você.
Talvez sejam seus enigmas.
Talvez o seu olhar.
Talvez seu jeito de andar.
Talvez seja sua beleza única e incrível.
Talvez seja apenas loucura.
Talvez eu devesse apagar tudo e deixar as coisas como estão.
Você lá e eu aqui.
Dois caminhos que nunca se cruzaram.
Mas agora é tarde, já enviei essa mensagem.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Tua Chuva
Sabe, já faz muito tempo que não te vejo
Meu aniversário está quase aí e imagino
Como seria se tudo fosse num lampejo
Desviado daquele triste destino...
Esse clima chuvoso até hoje é teu
O barulho das gotas tocando o chão
O frio que sinto agora também é teu
Sensações misturadas num turbilhão
Engraçado como ainda me lembro saudoso
De tudo que vivi e também do que não vivi
É como que se tentasse, poderia sentir o gozo
De viver perto de quem não está mais aqui
Esse clima chuvoso ainda é teu
O barulho das gotas tocando o chão
O frio que sinto agora ainda é teu
Saudades preenchendo esse turbilhão
O toque seguro de dois idiotas no telhado
Ouvindo a chuva como quem ouve uma sinfonia
Pouco me importava o arrepio e o corpo molhado
Só tinha espaço para um sentimento: a alegria
Esse clima chuvoso talvez seja sempre seu
O barulho das gotas tocando o chão
O frio que sinto agora é e será sempre teu
Saudades e lágrimas preenchendo esse turbilhão
Lembro dos sorrisos e pulos, rodopios e do chover
Enquanto a água lavava do coração as maldades
Guarda chuva era para quem não sabia viver
Porque para nós era um infinito de possibilidades
Esse clima chuvoso até hoje é teu
O barulho das gotas caindo ao chão
O frio que sinto agora também é teu
Sensações misturadas num turbilhão
Meu aniversário está quase aí e imagino
Como seria se tudo fosse num lampejo
Desviado daquele triste destino...
Esse clima chuvoso até hoje é teu
O barulho das gotas tocando o chão
O frio que sinto agora também é teu
Sensações misturadas num turbilhão
Engraçado como ainda me lembro saudoso
De tudo que vivi e também do que não vivi
É como que se tentasse, poderia sentir o gozo
De viver perto de quem não está mais aqui
Esse clima chuvoso ainda é teu
O barulho das gotas tocando o chão
O frio que sinto agora ainda é teu
Saudades preenchendo esse turbilhão
O toque seguro de dois idiotas no telhado
Ouvindo a chuva como quem ouve uma sinfonia
Pouco me importava o arrepio e o corpo molhado
Só tinha espaço para um sentimento: a alegria
Esse clima chuvoso talvez seja sempre seu
O barulho das gotas tocando o chão
O frio que sinto agora é e será sempre teu
Saudades e lágrimas preenchendo esse turbilhão
Lembro dos sorrisos e pulos, rodopios e do chover
Enquanto a água lavava do coração as maldades
Guarda chuva era para quem não sabia viver
Porque para nós era um infinito de possibilidades
Esse clima chuvoso até hoje é teu
O barulho das gotas caindo ao chão
O frio que sinto agora também é teu
Sensações misturadas num turbilhão
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Insanidades num Voleio à Catira
Já passava da meia noite e eu precisava dormir
Tentei ler para distrair meus pensamentos inquietos
Mas ao mesmo tempo que tudo começava ruir
Eu me iludia com a vã certeza dos corretos
Desmoronou os pilares da sanidade ao toque
Do gongo que marcava a hora exata da catira
Do gongo que marcava a hora exata da morte
O ruído incessante do teto de emoções de mentira
Os passos da dança ao céu aberto da infinitude
Em meio às ruínas do que foi construído por outrem
Meu balanceio irrequieto e livre de plenitude
Ditava a inexorável certeza do fim dos que mentem
Cores, sensações, sons, fluxos jamais sentidos
Em meio aos rodopios abrangentes da liberdade
Momentos que jamais foram por ninguém vividos
Quando abro meus olhos e me vejo fora da idade
Num voleio fluído de quem nunca mais voltará
Eu fui e nunca mais voltei a ser eu mesmo
Do fim os que já se foram só sabem que não virá
A infinita sabedoria do nada
Simplesmente nada
O vazio
O vácuo
Foi
Para se ouvir enquanto lê: Chankas - Voleio
Tentei ler para distrair meus pensamentos inquietos
Mas ao mesmo tempo que tudo começava ruir
Eu me iludia com a vã certeza dos corretos
Desmoronou os pilares da sanidade ao toque
Do gongo que marcava a hora exata da catira
Do gongo que marcava a hora exata da morte
O ruído incessante do teto de emoções de mentira
Os passos da dança ao céu aberto da infinitude
Em meio às ruínas do que foi construído por outrem
Meu balanceio irrequieto e livre de plenitude
Ditava a inexorável certeza do fim dos que mentem
Cores, sensações, sons, fluxos jamais sentidos
Em meio aos rodopios abrangentes da liberdade
Momentos que jamais foram por ninguém vividos
Quando abro meus olhos e me vejo fora da idade
Num voleio fluído de quem nunca mais voltará
Eu fui e nunca mais voltei a ser eu mesmo
Do fim os que já se foram só sabem que não virá
A infinita sabedoria do nada
Simplesmente nada
O vazio
O vácuo
Foi
Para se ouvir enquanto lê: Chankas - Voleio
domingo, 25 de janeiro de 2015
Saudades com aroma de Liberdade
Tantos lugares pra ir
Tanta gente pra conhecer
Minha liberdade é tão grande
Quanto a saudade que eu sinto de você
...
Visitei os lugares mais distantes
Já vi o sol brilhar em muitos horizontes
Nenhuma única vez como antes
Quando ainda ríamos aos montes
Procurei nos olhos e sorrisos
De pessoas distantes, novas e antigas
Todos borrados, errados e imprecisos
Nenhum com o doce de suas cantigas
As amarras que me prendem agora
Eram tão ínfimas há algum tempo
Mas sempre me vejo sem hora
A me debater contra a falta de vento
O que me resta é apenas a sua falta
Aquele vazio que ninguém nunca preencheu
Essa saudade que ficou é tão incauta
Que me assola com toneladas de nada: eu.
Tirinha e Inspiração Original: Mateus Gandara - Vudu Comix
Tanta gente pra conhecer
Minha liberdade é tão grande
Quanto a saudade que eu sinto de você
...
Visitei os lugares mais distantes
Já vi o sol brilhar em muitos horizontes
Nenhuma única vez como antes
Quando ainda ríamos aos montes
Procurei nos olhos e sorrisos
De pessoas distantes, novas e antigas
Todos borrados, errados e imprecisos
Nenhum com o doce de suas cantigas
As amarras que me prendem agora
Eram tão ínfimas há algum tempo
Mas sempre me vejo sem hora
A me debater contra a falta de vento
O que me resta é apenas a sua falta
Aquele vazio que ninguém nunca preencheu
Essa saudade que ficou é tão incauta
Que me assola com toneladas de nada: eu.
Tirinha e Inspiração Original: Mateus Gandara - Vudu Comix
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Olhos Toldados
Olhos toldados pela imaginação galopante
de esperanças inúteis e cheias de querer
Espaços preenchidos pelo nada distante,
distante de algo concreto, um vir a ser
Levianos quereres que já foram alertados
de seu infrutífero fim por vários lábios
Mas os olhos escuros e bem apertados
não viam outra coisa diante dos fatos
Com que dificuldade tem sido difícil
abri-los para o nada novamente
Um impacto tão forte quanto um míssil
que devasta do fundo do coração
aos confins da mente
de esperanças inúteis e cheias de querer
Espaços preenchidos pelo nada distante,
distante de algo concreto, um vir a ser
Levianos quereres que já foram alertados
de seu infrutífero fim por vários lábios
Mas os olhos escuros e bem apertados
não viam outra coisa diante dos fatos
Com que dificuldade tem sido difícil
abri-los para o nada novamente
Um impacto tão forte quanto um míssil
que devasta do fundo do coração
aos confins da mente
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