Aperto meu miocárdio sem fim
A angústia permeia cada gotícula
Do suor que transborda em mim
Apareço e desapareço aos olhos
A memória escorre entre os neurônios
Olhos em total desconforto, simplórios
A garganta segue o caminho oposto
Seca tal qual o Saara em seu dia mais longo
Engulo saliva para preencher meu desgosto
Pisco várias vezes como se resolvesse
Mas a ânsia por dar errado fala mais alto
Como se meu eu de mim se perdesse
Peço uma pausa e respiro abissalmente
O erro, se vir, virá bem pomposamente
Nem depois, tampouco previamente
Sempre durante, sempre presente
O que ocupa minha mente, então?
O medo do momento ou não?
O medo de ter medo de errar
O medo de ter medo de não controlar
O medo de ter medo de repetir
O medo de ter medo de não conseguir
O medo de ter medo
Do medo
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
Noite Escura
O azul escuro do céu noturno
Preenche minhas narinas ávidas
Preto, escuro, misterioso, soturno
Esconde em mim memórias cálidas
Idas e vindas pelas constelações
Fora das luzes urbanas estonteantes
Na beira da estrada as observações
Na beira dos lábios beijos titubeantes
Me deixo levar pela noite que me espreita
Ela me acalma, me abraça e me aceita
No escuro eu sou eu e não sou ninguém
No escuro todos somos parte dele e além
Preenche minhas narinas ávidas
Preto, escuro, misterioso, soturno
Esconde em mim memórias cálidas
Idas e vindas pelas constelações
Fora das luzes urbanas estonteantes
Na beira da estrada as observações
Na beira dos lábios beijos titubeantes
Me deixo levar pela noite que me espreita
Ela me acalma, me abraça e me aceita
No escuro eu sou eu e não sou ninguém
No escuro todos somos parte dele e além
terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
Assim Eu Vou Correndo Te Dizer
As luzes da cidade parecem tão distantes
Da sua janela tudo parece longe demais
Até as estrelas brilham como nunca antes
Longínquas, eternas, inexoráveis, casuais
Meu cigarro queima rápido entre meus dedos
Tão rápido quanto minhas ideias aleatórias
Trago enquanto espero, trago todos meus medos
Trago suas marcas, suas manias, suas histórias
Cá estou novamente a rabiscar alguns versos
Penso sobre mim, sobre você, sobre plenitude
Rasuro pensamentos prontos e também controversos
Mantenho em mim as suas rimas e sua magnitude
Entre todos os abraços e afetos mais sentimentais
Disperso, piso em calos alheio aos meus defeitos
Do barro aprendi e não repito erros monumentais
Com e para você só almejo momentos perfeitos
"E assim eu vou correndo pra você
E assim eu vou correndo te dizer
Eu amo você
Eu amo você
Eu amo você
Eu amo você"
Inspiração e trecho final: Eu amo você - João Capdeville
Da sua janela tudo parece longe demais
Até as estrelas brilham como nunca antes
Longínquas, eternas, inexoráveis, casuais
Meu cigarro queima rápido entre meus dedos
Tão rápido quanto minhas ideias aleatórias
Trago enquanto espero, trago todos meus medos
Trago suas marcas, suas manias, suas histórias
Cá estou novamente a rabiscar alguns versos
Penso sobre mim, sobre você, sobre plenitude
Rasuro pensamentos prontos e também controversos
Mantenho em mim as suas rimas e sua magnitude
Entre todos os abraços e afetos mais sentimentais
Disperso, piso em calos alheio aos meus defeitos
Do barro aprendi e não repito erros monumentais
Com e para você só almejo momentos perfeitos
"E assim eu vou correndo pra você
E assim eu vou correndo te dizer
Eu amo você
Eu amo você
Eu amo você
Eu amo você"
Inspiração e trecho final: Eu amo você - João Capdeville
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
Adeus Amargo Fel Depressivo
Não me chame mais pelo nome
Inflado de infames infortúnios
Deste prato não mais você come
Refuto o caos e os pandemônios
Exijo neste exato instante na alvorada
Que se retire deste local tão particular
Sua presença nunca fora assim apreciada
Não poderá nunca mais voltar ao meu lar
Escafedeu-se
Findou-se
Acabou!
O que não era mais e nunca fora
Já não poderá ser e nunca será
Vá-te embora sombra fétida, fora!
Aqui garanto que jamais voltará
Inflado de infames infortúnios
Deste prato não mais você come
Refuto o caos e os pandemônios
Exijo neste exato instante na alvorada
Que se retire deste local tão particular
Sua presença nunca fora assim apreciada
Não poderá nunca mais voltar ao meu lar
Escafedeu-se
Findou-se
Acabou!
O que não era mais e nunca fora
Já não poderá ser e nunca será
Vá-te embora sombra fétida, fora!
Aqui garanto que jamais voltará
terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
Mais Um Por Favor
Acendo o cigarro da minha alma
Cada copo acompanhado dos tragos
Leva consigo o ar pesado e traz calma
Areja os pensamentos aos cacos
O álcool não é uma maneira de fugir
Mas um catalizador de pensamentos
Corro dentro de mim sem querer sair
Pacientemente organizo meus desalentos
Numa mão a morte líquida e lenta
Na outra mão a morte pequena e volátil
Nos lábios a palavra cheia de pimenta
No cérebro o alívio incabível, retrátil
Esqueço de me esquecer de mim ao esmo
Só mais um por favor, e disfarço o pigarro
Sem cosmel, sem limão, sem nada mesmo
Apenas com minha cerveja e meu cigarro
Escrevo.
Cada copo acompanhado dos tragos
Leva consigo o ar pesado e traz calma
Areja os pensamentos aos cacos
O álcool não é uma maneira de fugir
Mas um catalizador de pensamentos
Corro dentro de mim sem querer sair
Pacientemente organizo meus desalentos
Numa mão a morte líquida e lenta
Na outra mão a morte pequena e volátil
Nos lábios a palavra cheia de pimenta
No cérebro o alívio incabível, retrátil
Esqueço de me esquecer de mim ao esmo
Só mais um por favor, e disfarço o pigarro
Sem cosmel, sem limão, sem nada mesmo
Apenas com minha cerveja e meu cigarro
Escrevo.
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