Bruna

Ontem eu queria ter dito
palavras bonitas digna de um erudito
teria aproveitado a luz da lua
acariciando tua pele nua

Hoje eu estou ao seu lado
Esperando sua melhora de estado
maldita doença letal
corroendo sua alma e nos deixando mal

Amanhã eu estarei sozinho
triste, apreciando um vinho
aquele que você tanto me indicou
antes de partir dizendo o quanto me amou

A saudade não pode ser expressa em palavras
de uma pessoa que vivia sem amarras
pequeno raio de luz por onde passava
marcou a minha vida com uma viva brasa

Sempre te amarei, Bruna
pela pessoa que você foi em minha vida
pela pessoa que você ainda é no meu coração

Minha primeira namorada
Minha eterna amiga
você ainda vive em quem te amou
frutos de um sentimento que conquistou

Bruna Oliveira
16/04/89 - 14/09/11

Perdendo a Vida

Quantas vezes eu chorei
vendo escapar por entre os dedos
a esperança de ser rei
de meus desafios e meus medos

Quantas vezes eu fui pequeno
me perdi em meio à futilidade
comecei a ser ameno
enquanto fui ganhando idade

Quantas vezes eu fui fraco
desperdiçando oportunidades
pensando em abandonar o barco
por uma vida sem possibilidades

Quantas vezes eu já caí
mutias delas em vão
sem notar que minha vida estava alí
ao alcance das minhas mãos

Perdi meu tempo
Perdi muitas saídas
Perdi meu acalento
Perdi minha vida

Passado regendo o Futuro

Mergulhando no pensamento
perdendo a noção do tempo
esboço um rosto amigo
um olhar pra caminhar comigo

relembrando coisas do passado
um andar um pouco rápido
passando em total devaneio
sem nem reparar meu jeito
desajeitado ali no meio

Mergulhando no pensamento
Ganhando a noção do tempo
desenho fielmente um rosto amigo
um olhar que pra mim fala
quero caminhar contigo