domingo, 13 de março de 2016

Compêndio

Solares olhares radiantes de amar
Por que fui deixar isso acontecer?
Já podia prever onde isso ia dar
Desatento, me esqueci de me ater

Lunares pesares sombreados pelo mar
Já sabia tudo que iria aqui acontecer
Nada surpreende, nada irá mudar
E com verbos continuo a me envolver

Determinada e constante resolução
Não mais me preocuparei com a luz
Nem mesmo àquela melodiosa sensação
Tampouco o calor que ela produz

Já diziam os lírios brancos ao ouvido
"Corre, ó menino, o dia irá chegar ao fim"
E assim corri de minhas loucuras agradecido
Por ainda ouvir as flores de meu jardim

sexta-feira, 11 de março de 2016

Um


E se enroscam os lábios ansiosos
As mãos querendo se tornar uma só
Toques incessantes e curiosos
O atrito insistente e sem dó

Nada se pode expressar, apenas sentir
Eu, você, lençóis, respiração e olhares
Aquele constante movimento de ir e vir
Nada além de pensamentos vulgares

O grito suave soa no ouvido
Fecha os olhos, respiração arfante
Unhas cravadas na pele, libido!
O calor que emana a todo instante

Um, dois, três, não se sabe quanto tempo
Os corpos agora parecem ser apenas um
Se afastam devagar mas sentem o vento
Empurrando os dois para serem novamente
UM.