domingo, 29 de dezembro de 2013

Realidades Deturpadas I

Já diziam os velhos de ontem
Que nada vem assim de graça
Aquele velho preço se mantém
Vivo o real ou vivo uma farsa?

O mérito devido a quem acontece
O desprezo deturpado de quem não
Infância social que nunca cresce
Tudo longe mas ao alcance da mão

Educação e bons costumes sim
Sem infligir o direito individual
Porque não se pode por um fim
A essa desigualdade tão igual?

sábado, 28 de dezembro de 2013

Viver a vida, você

Caminhando a passos largos, movimento
Inspirado pelo som da alvorada, seu abraço
Cores que não vi nos seus retratos, meu acalento
Paro e descanso na amurada, alivia meu cansaço

Observo o mundo caminhar, cola junto
Volto a me mover indo além, vem dançar
Procuro o que é mais que eu, te escuto
Meus encontros sempre vem, vou amar

O sol brilha muito mais doce, acaricio
Tempo passa e vejo tudo num megafone, seus cabelos
Sensações que ficam na ponta da foice, sempre aprecio
O som que me movimenta tem seu nome, jamais ouça meus apelos

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Ah, o Natal

Ah, o natal
Sorrisos
Abraços
Afagos

Ah, o natal
Sorrisos falsos
Abraços fingidos
Afagos forçados

Ah, o natal
Sorrisos sinceros
Abraços apertados
Afagos acalorados

Ah, o natal
Sorrisos
Abraços
Afagos

Romântico, não

É tão complicado não ser assim
Por mais que eu não queira, o sou
As coisas parecem um ciclo sem fim
Ainda não sei como tudo não parou

Me entrego ao amor em alta velocidade
Esvazio meu coração de qualquer pessoa
Pra você sou por completo, sem maldade
Em meu mundo apenas seu nome ressoa

A carência de nossos lábios em ebulição
O toque singelo que emana muito calor
Que sacia o incômodo gerado no coração
A ilusão de que esvazio meu estoque de amor

Estoque este que foi acumulando com o tempo
Anos e anos guardados simplesmente pra você
Mas parece que você nunca quer meu eu atento
Ou eu que busco o lugar errado pra me acolher?

A inveja persiste dentro de mim todos os dias
Vejo casais que tem bons encontros e se amam
Minhas tentativas de amar são falhas e evasivas
Corações distintos que nunca, nunca se encontram

Não quero você por necessidade ou apenas apreço
Mas para completar esse espaço vazio no peito
O resto está perfeito, tudo encaminhado e coeso
Só falta você comigo para que tudo esteja perfeito

domingo, 22 de dezembro de 2013

Não Quero Sentir

Se fazem e desfazem em filetes de emoção
Devaneios entre o que é coeso e o que não
Vidas, sobrevidas, revividas, sem vidas
Imagens que aparecem, subidas e descidas

Te vejo e não te vejo nem por um segundo
Sua imagem vem e vai do meu simples mundo
A lembrança do seu toque parece distante
Sinto, não sinto, vejo, não vejo, cale ou cante

O som que chega aos meus ouvidos são nulos
Sensações que fluem e que não, estou em apuros
Não quero sentir o que pulsa neste sobe e desce
Porque é neste devir que o amor reaparece

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Desculpas e Mais Desculpas

Desculpas que ecoam em meus ouvidos
Fugas, desencontros, remorsos e dedos
Apontam caminhos tortuosos e ambíguos
Porque não ser mais simples, sem medos?

Meus ouvidos saturados de 'mas', 'porém'
Se cansam de tanto ouvir contornos assim
Para tudo existem algo que não vai além
Estou farto de sentir que comigo não tem fim

Será que talvez um dia apareça tal ser
Sem medos e sem receios, apenas é
A vir comigo para um novo amanhecer
Me retiro para mim mesmo sem pé

A procurar e esperar, ela aparecer


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Would You Love Me?

Would you love me?
If I could bring you to the moon
I can reach from the top of the tree
We can go there very soon

Would you love me?
If I could be the man you need
My love is my only certainty
Even if my heart now bleed

Would you love me?
If I'd be more fun everyday
Even in the days you just wanna be
I would be there to support your pain

Would you love me?
If I love you all the time
Even when you wanna flee
I'll hug you with all my might

Would you love me?
If I could prove it right now
That you're the only one here
Who can lift me up from the dawn

domingo, 15 de dezembro de 2013

Palavras Faladas e Não Faladas

Palavras que exprimem o que está aqui
Que saciam a vontade de estar junto a ti

Palavras que precisam ser vocalizadas
Chegar aos seus ouvidos, leves e pesadas

Palavras que querem muito chegar em você
Mas que encontram uma barreira ao aparecer

Palavras que são impedidas de serem ditas
Porque vai saber se é possível você ouvi-las?

Palavras que consomem meu ser e meu coração
Ao serem impedidas de sair e alcançar sua mão

Palavras que gostaria que ouvisse todos os dias
Saindo de minha boca e percorrendo todas as vias

Palavras que estão aqui travadas em minha garganta
Mas que não saem como o canário que não canta

Palavras que anseiam por seus ouvidos sedentos
Permeando caminhos mais rápido que os quatro ventos

Palavras que não vão chegar como quem acode
Mas que estão aqui, basta você me falar que pode

Falta de Você

Sinto falta de estar na sua presença
De sentir seu braço roçando no meu
Aquele calor que exprime diferença
Um amor e acalanto que é só teu

Sinto falta de ver seu rosto perto
Fitar seus olhos e ver o universo
Seu toque macio, seu sorriso aberto
Em seus cabelos de longe estou imerso

Sinto falta de suas mãos nas minhas
Quando tentam estralar meus dedos
Falha, fica brava e treme as linhas
De seus lábios contraídos, receios

Sinto falta de cada aspecto único seu
Cada final de semana parece sem fim
Uma distância tão longa como um breu
A ânsia por seu abraço junto ao meu

Sinto falta de você
Porque eu não sei
Mas é só de você
Sinto essa falta
Falta só sua
Falta de
Você

sábado, 14 de dezembro de 2013

Devagar

Devagar escrevo
A curtos passos
No baixo relevo
Evitando cansaços

Nem mesmo mentalizo
O tempo não passa
Feridas cauterizo
Parando, sem graça

Nada é engraçado
Meu sorriso demora
O cabelo amassado
Na parede escora

O fechar dos olhos
Pesados de viver
Banhos de óleos
No escuro do ser

O nada palpita
Silêncio abissal
Procuro a fita
Laço fatal

Vou parando
Devagar
Ando
Ar

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Poder de Sua Sedução


Indo e vindo em suas curvas macias
Percorro em seu corpo com tato esfomeado
Sua pele branca e que me faz perder os dias
Seu cheiro brando me deixa completamente inebriado

Quando abre os olhos pela metade
Perco meu norte com tamanha beleza
A sensação que percorre meu corpo com maldade
A vontade de ter teu corpo no meu com destreza

O decote perfeitamente cavado e valorizando
A textura de sua pele e maciez convidativa
Me imagino ao teu lado de manhã acordando
Meus lábios nos seus, minhas mãos, sua libido ativa

Suas pernas de convite sarcástico e indecente
Encho minhas mãos de você e sinto vida
Que pulsa, emerge e excita até minha mente
Sua sedução quente e forte que mal chega e já está de partida

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Por Enquanto


O tempo passou assim de repente
Os anos muito rápido se acumularam
As estações mudaram pra tanta gente
Feridas no coração que já se fecharam

Mas parece que aqui nada mudou
Passam as pessoas e passa a vida
Ainda me encontro igual ainda estou
Como uma viagem que não tem ida

Mas e esse leve incômodo no coração?
Mesmo parado algo complicado ele sente
Alguma coisa aconteceu, talvez não
Mas está tudo assim tão diferente...


Ouvindo: Por Enquanto - Cassia Eller
Tirinha por: Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho

Desabroche Flor


O cheiro das flores desabrochando
Logo após aquela chuva revigorante
O calor que delas estava emanando
Quando a vi, meu coração palpitante

Desabrocha minha flor, e vem comigo
Sua coloração diferente, singela e terna
Em meu peito forte quero te dar abrigo
Até que juntos seremos de novo terra

Seu aroma invade meu olfato com acalanto 
Trazendo as melhores e possíveis sensações
Estarei eu oferecendo algo tão bom quanto?
Meus raios atingem suas pétalas, suas emoções

Linda como o primeiro dia da primavera
Eterna como a última alvorada de Creta
Sinceramente não sei o que ainda espera
Mas com você minha vida se completa


Tirinha por: Fábio Moon & Gabriel Bá

Desejo Abissal

Engraçado como não sai da minha cabeça
Minha quietude se reflete em minha solidão
Enquanto seus agitos faz com que aconteça
Devaneio sem tirar meus olhos da escuridão

Me perco nas comparações idiotas do amor
O que está a fazer enquanto eu aqui rabisco?
Deve estar relacionada à minha falta de calor
Sua companhia saciada, em meu olho cai um cisco

Minha solidão olha desesperadamente para o céu negro
Esperando ver naquele escuro a resposta pra tudo isso
Não me surpreendo quando vejo seu rosto limpo e íntegro
A me olhar das formações estelares, cheia de cor e de viço

Enquanto as especulações quanto a ti incomodam
Aquele desejo abissal vem à tona forte e irredutível
Desejos de toques, abraços e amores me assolam
Porque não eu a usufruir da tua presença, incompatível 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Linda em Ondas

"Você é linda, mais que demais..."
Jamais pensarei o contrário de ti
Posso brincar e te falar jamais
Mas no fundo você sabe que sim

Já escrevi uma vez sobre você
Sua beleza me deixa encantado
Contigo fico totalmente à mercê
Aos seus olhos esmeralda, atado

Pode ser que agora você não ouça mais
Palavras bonitas que minha boca não grita
Pra manter minha sanidade não fico no cais
Onde aportam as ondas de sua beleza infinita 

sábado, 7 de dezembro de 2013

Afagos e Arreios

O que faz da sua companhia algo indispensável?
Porque procuro tanto em vários lugares te achar?
Será que um dia realmente te acharei afável?
Me vejo doente e febril, por você a procurar

Disseram uma vez que é preciso estar bem consigo
Para que a pessoa amada apenas nos complete
Hoje comigo sou muito, mas muito bem resolvido
Mas mesmo assim não vejo perfeição como no sete

Descobri recentemente que tenho uma necessidade
A necessidade de amar e poder também ser amado
Esse sentimento de completude não sumiu com a idade
Nunca me senti tão feliz do que quando estava sendo amado

Reza a lenda que no início éramos dois em um só
Mas Zeus nos dividiu e nos condenou a procurar o par
Aquele que completa o coração como a fuligem e o pó
Uma vez mais reunidos, como o rio se converge no mar

Mas de lendas meu coração não consegue mais viver
Preciso escoar todo esse excesso de amor que está aqui
Longos anos ficaram sendo estocados para apodrecer
Tudo para você, móveis, minha casa, meu croqui

Espero sinceramente que você apareça muito em breve
Porque os anos não tem sido gentis com meu coração
Estou cansado de estar sozinho como um boneco de neve
E quero muito, pra sempre te amar, meu outro coração

Ser o Que Não Ser

Caminho por minha vida despercebido
Quando me dei conta do que praticava
Era uma pessoa pouco parecida comigo
Estava fazendo aquilo que abominava

Não quero ser uma pessoa que não sou
Somente para agradar aos teus prazeres
Quero ser eu, e ser o que quer quando for
Sou eu, meus quereres e os meus dizeres

Me senti acuado, me senti outra pessoa
Quero manter minha sanidade e ser eu
Sou calmo, sou simples, o som que ecoa
As vezes sou daquele jeito que aconteceu

Sou calmo e impaciente, sou esquentado
Mas também sou frio e me falta atenção
Muitas vezes carinhoso e amarrotado
Sou muitas coisas, está aqui no coração

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Teu Egoísmo

Não, não irei realizar todas suas vontades
Também não pretendo ser sempre o que deseja
Ao mesmo tempo também existe aqui verdades
Existem algumas coisas que meu coração almeja

Não pretendo sempre me adequar à sua vida
Também quero te fazer carinho e passar o tempo
Não quero sempre obrigar, mas espero quem convida
Eu correndo sempre atras, eu que sempre tento

Minhas vontades somem em meio ao seu turbilhão
De vontades e quereres que não são explícitos
Abra os olhos e veja que além de sim, falo não
Ainda existem em mim desejos dos mais solícitos

Doce Paixão

O que existe neste nada casual encontro?
Existe o toque macio e áspero de sua mão
O calor efêmero de sua cabeça no meu ombro
Suas coxas nas minhas, provocante sensação

Caminho em suas costas com avidez insaciável
Percorro com os lábios os lugares mais quentes
Tento chegar onde ainda não posso, imperdoável
Sou levado a pensar nas coisas mais indecentes

A chama incitada dentro de mim arde fortemente
Ansiando queimar junto à sua, sempre sorridente
Sensação provocada por você e apenas você sente
Quando a chama se transforma em amor, equivalente

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Leveza de Ir e Vir


Aqui dentro ele bate como antes
Livre e desamarrado como sempre
Se encontra quando dá, como amantes
Se desencontra ansiando o aconchego do ventre

Saio do vazio e vejo agora a luz
O vazio não mais me incomoda
Troco de roupa feliz e monto meu avestruz
Por aí vou andando, leve, tranquilo e na moda!


Ouvindo: Moletom - Silva

sábado, 30 de novembro de 2013

Nada

Já te disse que esse vazio aqui dentro não passa?
Finjo que não, mas procuro até suas esmeraldas
Vejo miragens que somem na mais sórdida trapaça
Escurece e tudo o que tenho nesse momento é o nada

Esta ausência de pensamentos me incomoda
Estou acostumado com o fluir dos agenciamentos
Que chacoalham, rebuliçam e que me acorda
Agora com dificuldade até de rimar com "entos"

Me movimento, parado
Me incomodo, pacato
Me surpreendo, parado
Me entristeço, pacato

Última Batida


As formas inconstantes de pedra aguada
Se adequam aos moldes simples do nada
Sobrevoam os corpos em decomposição
Lutando contra as forças do sim e do não

Jaz morto o órgão putrefato e feio
O buraco aberto e sangrando no seio
Cicatrizes invisíveis por toda extensão
Asqueroso, tenta pulsar pisoteado no chão

Cansado das batidas carinhosas dadas por mãos de ferro
Procura descansar e desistir de tudo e repete: "emperro"
Olhos que se fecham na palma da mão
Cores que retornam de repente na última batida do coração

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Rebuliço Inconstante

Revoltas inconstantes em círculos sonoros
Ribombam constantemente ao som do nada
Estacas de sangue e de ossos cheios de poros
Acariciam os pés que passam no céu, alada

O vai e vem inconstante do silêncio ensurdecedor
Brilhos e luzes causam sensações inigualáveis
As mãos que acariciam um corpo sem nenhum pudor
Balanços e movimentos, ora cruéis, ora afáveis

Tampar os ouvidos não parece resolver a fluidez
Das ideias que circundam a periferia da constelação
Viagem inconstante e insegura, volto de uma vez
Piso no chão, abro os olhos e me vejo sem coração

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Oi Surpresa

Como pode um simples oi
Melhorar meu dia assim?
Veio tão rápido quanto foi
Mas foi direcionado a mim

Sinceramente não esperava
Ainda mais vindo justo de ti
Mas assim como quem cava
Você achou algo perdido aqui

Diante de tanto nada, escura e vazia
Minha expressão gelada que não ardia
A alegria que aqui dentro se refazia
Aquele 'oi' que salvou o meu dia

Quietude Infinita

Silêncio
Permeia cada canto de minha alma
Silêncio
Monotonia na mais completa calma

Silêncio do que antes já fora dito
Nem mesmo as batidas cardíacas ouço
Silêncio que persiste além do infinito
O nada, vazio, sem alvoroço

Silêncio
Escorre pelos cantos vazios, me sujo
Silêncio
Apenas eu, quieto, nem fico nem fujo

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Rios Vazios

Por agora não está chovendo nem nublado
Porque gotas insistem em molhar meu rosto?
Estaria com esse buraco no peito relacionado?
Ao menos estou vivo, preto e branco, fosco

As cores parecem que pararam de existir
Nada é cinza, algo é branco, tudo é preto
Não sinto mais meu corpo, pareço um zumbi
Sinto apenas as lágrimas em meu peito

O sol parece fraco até mesmo prum recado
Mesmo ele compactua com minha tristeza
Tristeza de ter meu coração arrancado
Esfaqueado e dizimado sobre uma mesa

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Relógio Cicatrizante

O tempo desliza em ondas sonoras
tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac
Segundos se desembrulham em horas
tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac

As redobras do tempo se convergem
Acariciando as feridas infeccionadas
Passa, nada para, sempre emergem
No constante movimento, curadas

Ressurjo remendado e costurado
tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac
Perdido, semi-novo, amargurado
tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac

O tempo que trouxe a mudança
As coisas que devaneiam sem fim
O constante rebuliço que amansa
Tempo que sempre passou pra mim

domingo, 24 de novembro de 2013

Resoluto

Meus caminhos se encontram onde se separam
Caminho incessantemente sem saber onde vou
Parado em meus pensamentos que se abrasam
O frio que congela minha alma ainda não parou

Prossigo pela estrada que ora sobe, ora desce
Olho para os lados e só vejo o nada existencial
Tento me apoiar mas não é assim que acontece
Porque nessa estrada prossigo sozinho, sem sal

Onde vou chegar ainda não faço a menor ideia
Mas quero ser mais do que o normal me permite
Sozinho ou acompanhado encaro essa Odisséia
Meu caminho é só meu, agora sou eu quem decide

Talvez Aprenda a Viver sem Você

Estava em meus devaneios rotineiros
Olhando para os lados e vendo solidão
Eu e eu mesmo nos bastamos, parceiros
Ainda assim tem este aperto no coração

Estou tentando aprender a viver sem você
Você que nos machucou sem/com intenção
Porque a vida não é só aquilo que dá para ver
Mas também os caminhos complicados do coração

Sei que um novo dia vai raiar para mim
Mas por enquanto meu céu está nublado
Chove agora em meu rosto gotas sem fim
De sentimentos moídos e deixados de lado


Ouvindo: Tô aprendendo a viver sem você - Detonautas

Amor de Olhos Fechados

Quando o aconchego do seu coração me acolhe
Percebo que a vida vale muito a pena se viver
Tão gostosa sensação que meu coração se encolhe
Para se acomodar junto ao teu coração, eu e você

As carícias que há muito não pude fazer em ninguém
Aparecem enquanto estou pertinho de você assim
Meu coração explodindo de amor não se contém
Seus cabelos e sua pele, todo o seu corpo pra mim

A vontade de cuidar e ser cuidado por alguém que amo
Se expressa em atitudes concretas, carícias e olhares
Eu aqui sempre presente para você qualquer dia do ano
Você presente pra mim como a água de todos os mares

Meu amor transborda por você como uma fonte nova
Pulsando dentro de mim como uma incandescente chama
Meu coração é pra sempre seu, amor que sempre se renova
Se eu não tivesse acordado desse sonho sozinho na cama

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Vida, apenas

Costumava pensar que a vida era muito difícil
Difíceis são nossas escolhas feitas diariamente
Aquilo que dá mais retorno que o melhor ofício
Aquela sensação boa e ruim, só sabe quem sente

O peso de estar sempre com os ombros curvados
A preguiça que corrói os ossos e dizima a alma
A morte que sempre espera os momentos marcados
O rancor que consome a carne, lenta e calma

A leveza de andar com a cabeça sempre erguida
A coragem que conduz os passos rumo a novos lugares
A vida que pulsa nas veias, gira, rodopia, ambígua!
O Amor que atenua até mesmo os mais irados olhares

O bem e o mal circundam as periferias do ser
O bom e o ruim se fazem constantemente dentro de nós
O certo e o errado se recriam todo dia ao entardecer
A justiça e a tirania que se misturam como na tumba de Amós

Ah, bela vida, insuportável vida!
Como te fazes bela e terrível!
Fico ou parto sem despedida?
Nada sei, hoje apenas vivo!

Casa Vazia

Que susto ao chegar em minha casa!
Ao abrir a porta vi que nela nada havia
Nenhum móvel, nem riscados nem brasa
Vi um par que há um tempo não via

No canto da sala vi meu cobertor surrado
Dobrado com carinho e de cor azul anil
Encostado nele estava meu amigo amado
Meu travesseiro velho que muito me ouviu

Fiquei atordoado por alguns minutos
Mas subi muito rápido para olhar o sótão
Ufa! Minha bagunça estava lá sem diminutos
Coisas que mudaram e que não voltam

Desci para a sala e olhei pela janela
O sol branco raiava sobre meu gramado
O negrume das coisas que foram pra ela
Toda cor havia sumido ou se esvaziado

Fui trocar uma ideia com meu bom amigo
De certa forma é bom estar comigo novamente
Sem preocupações e olhando pro próprio umbigo
Nenhum móvel pra limpar, nem tampouco gente

Quem sabe um dia arrumo uma mobília nova
Não sei quando vou precisar acomoda-la
Mas quando chegar a hora queria ter a prova
De que talvez fosse ficar e que pudesse para sempre
Ama-la.

As Forças do Amor

Certa vez senti vindo dela uma energia
Uma onda, uma força que me completava
Aquilo me dava vida e me preenchia
Eu, emanando de volta, apenas a amava

As cores eram brilhantes como nunca
Os sons iam, voltavam e ressoavam
Via beleza na mais pobre espelunca
Éramos dois corações que se amavam

Um dia perdi aquilo que vinha do teu coração
Estava desamparado e não sabia o que falar
Procurei em corpos sem órgãos e em decomposição
Aquilo que me preenchia, o simples gesto de amar

Passei muito tempo vazio de mim mesmo
Contemplando o nada existencial que acabou
Até encontrar um segundo alguém a esmo
Que com força, energia e ondas, me amou

As circunstâncias nos afastou e me vi sozinho
Em minha solidão pude refletir ao som do mar
Aprendi gostar da minha companhia em meu ninho
Esqueci daquela energia boa que era amar

Após muito tempo trancafiado dentro de mim
Vi um espaço enorme que precisava ser completado
Todos outros lugares já estavam cheios até o fim
Só faltava aquele espaço que era me sentir amado

Então, pela terceira vez, eu senti aquilo que faltava
Aquela sensação quentinha que vinha do seu olhar
Novamente eu sentia aquilo que tanto ansiava
Esse coração solitário voltou a sentir o que é amar

Por pouco tempo tive dos seus olhos os olhares mais ternos
Os corações palpitando fortemente quando se encontravam
Mas meu nome não estava gravado nos seus cadernos
Mas de alguma maneira pude sentir os corações que se amavam

Gostaria de sentir novamente, esta força e energia
Esta sensação boa que alegra, voa e saltita pela cama
Mas vou me contentando com minha solidão vazia
Enquanto não encontro essa energia que me ama

domingo, 17 de novembro de 2013

VidaTempo


O tempo passa devagar enquanto a atenção divaga
Mas a calmaria do tempo é sempre muito rápida
O saudosismo ao ver o que já passou sempre amarga
As lembranças daquela paixão intensa e cálida

O que fazer com essa vida tão curta e frágil?
O tempo passa para a vida mesmo em letargia
É preciso tomar as rédeas e esquecer do plágio
Ser dono de sua própria história, o protagonista

Quando o tempo da vida chegar próximo do fim
Será um sorriso ou uma tristeza estampada no rosto?
O tempo não se preocupa com banalidades assim
Mas sempre vai passar independente do gosto


Tirinha por: Fábio Moon e Gabriel Bá

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Encontros Nada Casuais do Destino


"Ele anda cansado das baladas e dos casos furtivos sem sentimentos. Aprendeu a gostar da própria companhia, sem precisar estar em uma turma de amigos todos os sábados. Decidiu que quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que traga um sabor doce às suas manhãs, que seja a melhor companhia para olhar a lua. Que ele possa exibir os seus dons na cozinha e o seu conhecimento em vinhos, só para ela.
Quer uma mulher que ele reconheça pelo cheiro dos cabelos, pelo toque dos dedos, pela gargalhada que vai ecoar pela casa transformando um domingo sem graça, no melhor dia da semana. Quer viver uma paixão tranquila e turbulenta de desejos… quer ter para quem voltar depois de estar com os amigos, sem precisar ficar “caçando” companhias vazias e encontros efêmeros. Quer deitar no tapete da sala e ficar observando enquanto ela, de short jeans, camiseta e um rabo de cavalo, lê um livro no sofá, quer deitar na cama desejando que ela saia do banho com uma lingerie de tirar o fôlego.
Quer brincar de guerra de travesseiros, até que o perdedor vá até a cozinha pegar água. Quer o poder que nenhum dos seus super heróis da infância tiveram… o poder de amar sem medo, sem perigo e sem ir embora no dia seguinte.
Quer provar que pode fazer essa mulher feliz!

Ela quase deixou de acreditar que seria possível ter vontade de se envolver novamente. Foram tantas dores, finais, recomeços e frustrações que pensou em seguir sozinha para não mais se machucar. Então percebeu que a vida de solteira já não está fazendo tanto sentido. Decidiu que quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que possa acordá-la com um abraço que fará o seu dia feliz, quer um homem que ela possa cuidar e amar sem receios de que está sendo enganada. Quer a alegria dos finais de semana juntinhos, as expectativas dos planos construídos, o grito de “gol” estremecendo a casa quando o time dele estiver ganhando… a cumplicidade em dividir os segredos.
Quer observá-lo sem camisa, lendo o jornal na varanda… quer reclamar da bagunça no banheiro, rindo e gritando quando ele revidar puxando-a para o chuveiro, completamente vestida.
Quer a certeza de abrir a porta de casa e saber que mesmo ele não estando, chegará a qualquer momento trazendo o brigadeiro da doceria que ela gosta tanto. Quer beijar, cheirar, morder, beliscar e apertar para ter certeza que a felicidade está ali mesmo… materializada nele.
Quer provar que pode fazer esse homem feliz!

Eles estão por aí… sonhando um com o outro… talvez ainda nem se conheçam… mas é só uma questão de tempo, até o destino unir essas vidas que se complementam e estão ávidas para amar e fazer o outro feliz.
Ou alguém duvida que o universo traz aquilo que desejamos?"


Fonte: Internet

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Confirmações Duvidosas

Será que um dia irei dizer as mesmas coisas que já te disse?
Será que irei gastar horas conversando sobre assuntos além?
Será que trocaremos mais de mil mensagens sobre mesmices?
Será que ficarei horas com ela sentado num banco também?

Será que vou demorar muito pra te tirar do meu coração?
Será que ela vai demorar a aparecer como você demorou?
Será que irei amar como te amei e ainda amo um montão?
Será que um dia irei olhar pra ela e ver o que você me mostrou?

Será que tudo um dia vai finalmente dar certo pra mim?
Será que talvez essa ilusão de tentar algo não seja fácil assim?
Será que só quando estiver perto da chegada lá bem no fim
Irei confirmar se é ela ou se é você a estar dentro de mim

Mudança

Já havia preparado a sala de estar
Quartos, cozinha, copa, todos cômodos
O jardim já estava começando a brotar
Até os mínimos detalhes, todos prontos

Na minha mansão só faltava um item
Linda, esperta, geniosa, única e gentil
Você traria a luz que aqui dentro não tem
Traria a alegria e amor que nunca mais senti

Você até veio visitar a casa num final de semana
Não quis entrar, apenas apreciou tudo de longe
Depois de um tempo saiu rapidinho, à paisana
E agora apenas observa de longe, se esconde

Te procurei e te chamei pra vir comigo
Estava tudo pronto para você, tudo decorado
Mas você preferiu não vir e preferiu outro abrigo
Voltei sozinho pra casa, chateado mas aliviado

Agora vou ter que mover sua decoração daqui
Na minha mansão você não pode mais ficar
Não pretendo, do meu mundo, você apagar
Mas vou levar um tempo para tudo de casa retirar

Pra onde vou levar tudo isso? Ainda nem sei o que fazer!
Parece que qualquer outro lugar pra você é pouco
Talvez deva criar um espaço único como você?
Complicado mas talvez consiga antes de ficar mouco

Porque você não conseguiu vir pra cá?
Dos sentimentos mais belos você só vai ver os meus
Ainda assim iremos nos esbarrar aqui e acolá
É tão difícil esvaziar nossa casa e te dizer adeus...

Sonhos e Pensamentos

Sonhei com movimentos e encontros
Idas e vindas transpirando todo um mar
Tudo para mim sem urubus nem monstros
Apenas o momento respirando nosso o ar

Caminhada levemente colorida sob o céu
Braços dados como se disso dependesse a vida
Os encontros dos lábios sob o seu véu
A vida tão mais simples e eu de partida

Estrala os dedos da mão, pulso e pescoço
A normalidade de apenas estar contigo
Palpita o sentimento diferente, um esboço
Quer e não quer, totalmente ambíguo

Em que momento caminhos tão diferentes
Foram inventar de se entrelaçar dessa maneira?
Em minha solidão estávamos tão contentes
Eu e meu coração velho em volta da fogueira

Escondo num sorriso a vontade de sumir
Porque em meus braços não mais repousa
Gostaria de prosseguir e juntos descobrir
Mas agora só tenho uma velha e vazia lousa

Raiva e ódio sentidas no início do dia
Se traduziram em tristeza e imenso pesar
Pois agora minha mão está vazia
E meu coração sozinho novamente está

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Movimento do Ódio

Eu ando pra trás
Instigo o capataz

Fúria na ponta do dedo
Motriz do temor e do medo

Grito, esperneio e bato
Chiclete na sola do sapato

Corre, vem e vai com o som
Volta! Não volte! "Boom"!!

Agito o ensaio sem rosas
Fervo as bolhas lacrimosas

Ira! Raiva! Desgosto!
Não quero ver o seu rosto!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Pensamentos Ruins


Os pensamentos nem sempre vão
Para um lado muito bom de se ir
O que é ruim sai fora da proporção
E inunda todo espaço firme a ruir

Um aperto e uma angústia sem fim
Rugidos e barulhos em todo os cantos
Muitos dos monstros criados por mim
Quantas vezes já me peguei aos prantos?

É quando tudo se encontra mais que escuro
Que os olhos pesam e penso em fecha-los
Nunca mais abrir e se ver atrás do muro
Daí seu sorriso ressoa como um badalo

Por mais que a consciência diga sem esmoecer
Que existem outras coisas que valem a pena
Esses pensamentos insistem em aparecer
Mas só há luz quando você me sorri e acena


Tirinha por: Bianca

Encaixe Perfeito

Corações são formados por diversos componentes
Dentre eles temos a amizade, carinho e até a dor
Até mesmo em seus vários formatos são diferentes
Existe um fator que muda muita coisa: o amor

O amor modela o coração de maneira peculiar
Faz com que as curvas sejam mais macias ou não
Ou então começa diminuindo e tornando a alargar
Colorindo de várias cores ou apenas escuridão

Quando amamos nosso coração se encaixa no outro
Mas não pense que um entra no outro ou vice-versa
Não! Eles se encaixam como a prata combina com ouro
De uma maneira intrínseca, recíproca e quiçá inversa

O meu ainda está só procurando seu encaixe ardente
As vezes combina aqui e ali mas não completamente
Será que podemos dosar um pouco os ingredientes
Pra encaixar com ela independente do que diz a mente?

domingo, 10 de novembro de 2013

De Repente, Saudade

Porque você teve que ir embora tão cedo?
Tínhamos tantas coisas para fazer juntos
Vários lugares para explorar sem medo
Com você as horas passavam em minutos

Com você as coisas pareciam tão palpáveis
Sabe quando se sente que tudo é possível?
Nossas decisões eram diretas, simples e ágeis
Mas hoje estou perdido sem um norte visível

Nossos abraços se encaixavam como uma luva
Nossos beijos se beijavam na mesma intensidade
Nossos sorrisos saíam fáceis até em dias de chuva
Nossas carícias eram recíprocas e com afetividade

Porque hoje, de todos os dias que já passaram
Fui sentir a sua falta de maneira tão intensa?
Essas são velhas feridas que já cicatrizaram
Mas senti você me apertando como uma prensa

As lembranças vem em turbilhões ao falar seu nome
Tantas coisas que passamos, vivemos e amamos
O teu sentimento nutritivo que me saciava a fome
E que hoje me lembrei como, tímidos, começamos

Esta é uma história que talvez até possa ser versada
A Ilíada seria pequena perto de tantas memórias
Talvez um dia me aventure de maneira mais ousada
A relembrar o que vivemos, as nossas histórias

Sem você ao meu lado me sinto agora tão só
Parece que em meus caminhos não tenho abrigo 
Sem a sua companhia para limpar o meu pó
Empoeirado e sujo estou a sonhar contigo

Concordo plenamente que não exista alguém
Que chegue a ser metade do que você foi pra mim
Nem me preocupo muito em achar isso também
Sozinho estou a plantar sua flor no jardim

Lembra quando fomos na floricultura comprar
E lá você pegou um jasmim amarelo e branco
Colocou na orelha e começou a dançar
A jasmim passou a ser você pra mim a cantar

Se prestar atenção, ainda hoje ouço sua melodia
Se fecho meus olhos ainda consigo ver seu rosto
Com um pouco mais de esforço sinto sua carícia
Sem esforço algum sinto um aperto e um desgosto

Não sei porque hoje senti tanta a sua falta
Tenho certeza que amanhã tudo volta ao normal
Sei que você me vê e me cuida da sua nuvem mais alta
Enquanto isso eu vou seguindo, hora bem, hora mal

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

(In)decisões

Quantas horas de pensamentos levaram
A me decidir pelo que diz a minha razão
As linhas de vínculos que se desataram
Decidi escolher e resguardar meu coração

Talvez eu me arrependa dessa decisão
Ainda não sei, porque ela ainda não é
Tudo vai menos pro sim e mais pro não
A cada passo mais fundo no rio perco o pé

Sei que tenho te causado mais problemas
Enquanto eu mesmo estou aqui tranquilo
Faz parte do gostar te ver feliz em Atenas
Mesmo que não seja ao meu lado, comigo

O tempo passa rápido e é muito cruel
Cansei de tentar apenas me aventurar
Falo muito sério como as estrelas do céu
Por você me apaixonei, com você quero estar

Não demore muito mais a se decidir
Eu entendo que é difícil tomar uma decisão
Mas meu coração em frangalhos está a ruir
E prefiro estar só a não ter seu coração

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Vertigem


Quantas cores ainda não tivemos
Outras tantas que ainda estão por vir
Aquelas viagens de barco sem remos
Aproveitando o tempo, o ir e o devir

Os momentos que me perdi em ti
Quando nada poderia nos atrapalhar
Seu corpo no meu, e eu sempre aqui
Coisas de quem está apenas a amar

Meu pensamento rodando em vielas
Um furor que aparece sem origem
Cores intensas em belas aquarelas
De tanto amar, me dá uma vertigem


Tirinha por: Paula Siebra

Saudades do seu Perfume

Sentiria a alegria, felicidade e euforia 
Sem nem esperar e saber que você viria
Sentiria aquela grande paz interior
Ao respirar em sua nuca, seu arrepio e tremor
Sentiria aquele sentimento chamado amor
Ao sentir seu perfume em mim, seu calor
Sentiria você por completo só ao respirar
Você por inteiro compondo o meu ar
Sentiria isso e muito mais
Se hoje eu não estivesse sozinho aqui no cais

Alfabetizando a Língua VII

Aqueles que desdenham do poder da leitura
Banalizando o conhecimento árduo e volátil
Construindo dramas dentro de sua amargura
Descobrindo o que não existe, que não é fácil

Explorei os caminhos intrínsecos à percepção
Fomentei o conhecimento das leituras assim
Garanti que a curiosidade não tivesse conclusão
Hoje já não sou apenas eu, mas vários em mim

Incrível os caminhos que as leituras podem levar
Jornadas incríveis que levam a pensar e indagar
Kubitsheck viveu 50 anos em 5 sem nem amargar
Ler, crescer e renascer, porque não tentar?

domingo, 3 de novembro de 2013

O sabor do seu Beijo

Sinceramente é quase impossível
Colocar em palavras algo tão...
Minha boca ainda está sensível
Seu toque e sabor, sem explicação

Senti o gosto da primavera nova
O sabor das flores desabrochando
A sensação que termina e se renova
A paz de suas esmeraldas me olhando

Senti o gosto das chuvas de verão
Ao sentir sua umidade me acolher
O toque afável e firme de sua mão
Meus lábios com muita sede de você

Senti os arrepios do vento de inverno
Quando mordendo você me beijou
Aquelas histórias escritas no caderno
Seu sabor de quero mais me conquistou

Senti a brisa suave e leve do outono
Ao sentir seu perfume bom e adocicado
Em meu coração a sensação de abandono
Quando em seu abraço me perdi, amado

Poderia essa sensação durar pra sempre?
Você em mim e eu em você como um só
Nem que eu, devagarzinho em você adentre
A memória desse beijo jamais há de virar pó


sábado, 2 de novembro de 2013

Sim, é possível

Como é possível estar tão distante
E ao mesmo tempo estar tão perto?

Como é possível te ver todo instante
Mesmo se meu olhar não está aberto?

Como é possível ouvir sua doce voz
Mesmo quando você não está aqui?

Como é possível seu perfume algoz
Se fazer sentir em meu respirar daqui? 

Como é possível sentir sua pele macia
Mesmo que minha mão nada foque?

Como é possível sentir sua magia
Se perto não estou de seu toque?

Como é possível amar tanto alguém
E mesmo assim, numa coisa profunda
Dizer e pensar para si mesmo que não
Que tudo, um dia, irá sim acontecer
E que você, minha, um dia há de ser

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Diferenças Conflitantes

Palavras que soaram leves no começo
A discrepância entre nós dois revelada
Palavras que quase não tiveram apreço
Parece que cada dia é mais escancarada

Somos de dois mundos muito diferentes
Me sinto um extraterrestre na sua Terra
Tento ignorar e finjo que ninguém mente
Mas sei que isso separa como uma serra

Aumentam minhas dúvidas enquanto isso
Minhas certezas firmes, minhas de homem
Até quando irei aguentar ser submisso
Enquanto minha solidão me consome?

Imaginações


Minha imaginação me leva a muitos lugares
Lugares que talvez ninguém tenha ido ainda
Vi mais que o Barba Negra pelos Sete Mares
Dei a volta ao mundo indo a casa da Dinda

Há quanto tempo essas viagens se perderam
Nós vamos crescendo e a imaginação some?
Por qual razão os adultos nunca entenderam
Que ser criança é a cura do que nos consome

Enxergamos nas coisas apenas a praticidade
E esquecemos de curtir o que tem de melhor
Será que imaginar é melhor que a realidade?
Ainda não sei, quero só aproveitar essa idade


Tirinha por: Will Leite

Cores


Há muito tempo tudo era preto e branco
Cores que vieram e sumiram também
Nada que demorasse sentada num banco
Meu preto e branco indo sempre além

Eu sabia que elas existiam porque já vi
Mas elas estavam sempre a desaparecer
Minha avó me disse algo que até escrevi
As coisas mudam, você vai ver!

E por incrível que pareça ela estava certa
De uns tempos pra cá tudo que vejo é cor
Quando você apareceu de maneira incerta
Me preenchendo com sua vida e seu amor


Tirinha por: Paula Siebra

sábado, 26 de outubro de 2013

Sonhos Despertos

Porque sua imagem não desaparece?
Dos meus sonhos, lembro um ou outro
Nada que lembro sobre ti me esmorece
Meu sentimento jovem como um potro

Quando fecho meus olhos só vejo você
Ao ficar em silêncio eu só ouço você
Quando toco violão sinto apenas você
Você tem sido o pilar de todo o meu ser

Porque te tenho apenas em meus sonhos?
O que preciso fazer para estar contigo?
As vezes me pergunto absurdos medonhos
Minhas dúvidas e receios, meu castigo

Não quero apenas teu sorriso distante
Não quero somente seu olhar perfeito
Quero seu sorriso no meu a todo instante
Teus olhos aconchegados em meu peito

Já te disse que tentei te esquecer?
Mas daí vem aquele clichê de TV
"Quanto mais tento de esquecer
Tanto mais lembro de você"

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Desconcerto

Já não sou muito bom quando preciso falar
E você ainda nem me ajuda a concentrar!
Eu numa angústia tremenda, quase sem ar
E você lá, fica sorrindo a me caçoar

Com aquele sorriso, sempre a me alegrar
Aquele com os cantinhos da boca a levantar
Ressaltando seus lábios me fazendo arfar
Dentre suas gracinhas, minha vontade de te beijar

Mas dos seus lábios não queria falar
Viu como até sua beleza vem me atrapalhar?
Complicado, não consigo nem raciocinar
Me deixe pro assunto principal voltar

Só queria, na realidade, te despreocupar
Dizer que de longe irei apenas observar
Não quero te dar problemas pra enfrentar
Me limitarei a, com rimas pobres me expressar

Sei que suas escolhas a levaram a se levantar
Seguir um caminho sem nada mais a aguardar
Quero sua felicidade acima de qualquer patamar
Mas quando precisar, estarei aqui a te esperar

domingo, 20 de outubro de 2013

Ligação

Ensaiei que iria te ligar ontem de tarde
Te procurei no celular e vi seu rosto
A vontade de ouvir sua voz ainda arde
Mas em meus receios mora o desgosto

O que poderia falar ao seu ouvido?
Sobre quais assuntos conversar?
Será que talvez isso não desse atrito?
Olho e não consigo me encaixar

Parece que não consigo estar perto
Por mais que seu número eu disque
Não consigo ficar de peito aberto
Só me resta beber aquele velho uísque

Gostaria agora de ouvir sua gargalhada
Como naquele dia que te liguei sem querer
Me preenche de uma maneira atrapalhada
Mas cura qualquer ferida em meu ser

Sua voz ecoa em minha cabeça agora
Quase como se estivéssemos conversando
Mas sei que te ouvirei quando vir a hora
Até lá vou prosseguir andando

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Trapos Velhos

O frio sempre rondava meus sentimentos
A incerteza de que algo iria mudar ou não
Não haviam amarras nem condicionamentos
Era livre pra escolher até ficar na escuridão

Experiências aconteceram muito de repente
A vida mudou muito rápido sem dar aviso
As percas martelaram, ferido, descontente
Pedaços de uma vida calejada, sem piso

Não consegui notar a hora que nada virei
Porque ninguém lembra que também sinto?
Por vezes penso que de minha vida não sou rei
Mas que em minhas feridas derramam absinto

Ainda existe um coração pulsante em mim
Um que sente, se alegra e que sofre também
Que tem motivos e razões para ser assim
Cansado de todas as vezes falar apenas amém

Penso que talvez seja meu sorriso eterno?
Ou talvez meu provável bem estar aparente?
Nem sempre estou andando por aí de terno
Com trapos velhos também me faço presente.

Um Quase Nada do Seu Olhar

Prometi que iria tentar colocar em versos
Um pouco do que seus olhos falam pra mim
É algo complicado, dos mais complexos
Mas farei um esforço pra chegar ao fim

Quando ao sol com leves tons de amarelo
Embora verdes, daquele tipo muito profundo
Quando à sombra um raro azul sem paralelo
Tão belos que por eles trocaria o mundo

Aquele amarelo claro, frágil e voraz
Que o sol faz muito bem em destacar
Brilha com uma luz efêmera e sagaz
Quando de si você começa a falar

Um azul forte, viril, alegre e audacioso
Que brilha quando seu sorriso é mais alto
Uma obra prima que ainda está no esboço
Aquele brilho que me toma de sobressalto

Seu verde natural, costumeiro e enigmático
Como as águas de um oceano muito claro
Analisando em seu silêncio, as vezes apático
Seu costumeiro olhar incisivo, direto e raro

A profundeza de seus olhos quase me consome
Tantas coisas passadas, tantas experiências
É quase como se eles me falassem seu nome
E tantas outras de suas muitas vivências

Eu poderia apreciar sua beleza todos os dias
E nunca, nunca me cansar de para eles olhar
Mas assim como não posso seguir por todas vias
Tenho que me contentar com apenas vislumbrar

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Depois?

Tentei imaginar uma ou outra situação
Onde eu estivesse segurando sua mão

Apreciando assim os momentos a dois
Mas tudo, tudo fica sempre pra depois

Eu gostaria de ter a chande de dizer
Sobre meu imenso carinho, meu prazer

Que é estar e ao mesmo tempo não
Sem toques, sem nada, nem sua mão

Eu gostaria de acariciar seu cabelo
De maneira livre, sem nenhum apelo

Apenas pelo prazer de estar com você
Sem compromissos, totalmente à mercê

Será que talvez você consegue sentir?
Sou meio duro, bem devagar pra agir

Mas tudo que eu sempre, sempre quis
Foi apenas e simplesmente te ver feliz

terça-feira, 8 de outubro de 2013

O Som da Chuva

Cutucando minha janela de vidro
A chuva vem daquele jeito manso
Esse som sempre bom de ser ouvido
Cada gota um suspiro, um descanso

Essa calma que a chuva me traz
Lavando as ruas, as casas e a luz
Essa sensação gostosa de paz
Só faltou agora aquele cuscuz

Nunca perco uma chance de apreciar
A chuva que vem e que também vai
Em suas idas tão instável quanto o mar
Em suas vindas gostosa enquanto cai

Esse som que toca meu coração
Cada gota que cai, lá dentro ecoa
Uma ressonância com minha emoção
Chuva que lava, acalma, perdoa

sábado, 5 de outubro de 2013

Poço das Minhas Ilusões

Meus sentimentos num poço fundo mofavam
Por algum motivo não conseguia tira-los de lá
Naquela umidade rasa e escura se encontravam
Inertes, parados, imóveis, sem se movimentar

Sinceramente eu me incomodava com esse fato
Mas em nenhum momento fui atrás de uma corda
Para amarrar naquele balde velho e barato
Apenas me limitei a me preocupar dali da borda

Foi quando você ressurgiu assim de repente
Estava sumida, desapareceu, nem me lembrava
Se debruçou sobre o poço com o rosto bem rente
E me deu um daqueles sorrisos que sempre carregava

Me ajudou a amarrar a corda e a jogar lá dentro
Juntos esticamos a corda e você com aquela alegria
Compreendi que a felicidade não está só no momento
Está aqui dentro, esperando para ver a luz do dia

Não sei se agradecer apenas seria válido
Tampouco sei se seria capaz de fazer algo por ti
Ainda mais depois do tanto que recebi
Qualquer coisa do mundo perto disso soaria vago

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Memories

I remember you said to me once
There's no shadows if there's love
You can say I was a real dunce
But now I can see above

Over the bottom of my heart
Across the blue sky and above
It's like I was missing some part
Something important to be fond of

I'm not certain my shadows will
fade away while time passes by
But one thing now give me a chill
I now remember what love tastes like 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Olhar de meu Silêncio

Talvez até pareça que fui desatento
Ou até mesmo receoso? Não lembro
No começo sou assim mesmo, lento
Mas acho que melhora com o tempo

Não pude deixar de notar sua trança alta
Te dando autoridade e imponência nata
Até mesmo sua blusinha solta e sua calça
Direta, sem rodeios, acertando 'na lata'

Até mesmo seu salto alto combinando
Sua postura ereta, livre e segura de si
Sua perna inquieta quase gritando
Suas mãos expressivas, como quem ri

Será que seria correto falar da tua beleza?
Teus olhos, teu nariz, tua boca, teu rosto
Poderia resumir tua aparência com clareza
Beleza sem fim, linda é seu digno posto

Seu nariz reto, em perfeitas proporções
Seu rosto ovalado, enigmático e sincero
Seus lábios retraídos em várias ocasiões
Mostrando sua opinião e seu esmero

E como falar de seus olhos sem perder meu norte?
Eu poderia fazer uma outra poesia com calma
Verdes? Azuis? Olhar ao mesmo tempo frágil e forte
Incisivos, viam meu íntimo e minha alma

Sei que falei bem pouco, metade do que pude ver
Sobre sua beleza e como em meu silêncio a apreciei
Mas de quem você é lá dentro ainda estou a conhecer
E posso te garantir que de tudo que vi, muito gostei

domingo, 29 de setembro de 2013

Ressonância

Acho que tudo começa quando te conheci
Sinceramente não lembro bem minha opinião
Sorrisos tímidos e palavras curtas que recebi
Meu receio, um medo, que se tornou admiração

Seus pensamentos bem estruturados na experiência
De uma vida que talvez não tenha sido amigável
Ainda conheço muito pouco, talvez só a aparência
Mas tudo que tenho conhecido é muito agradável

Estava pensando aqui enquanto escrevia
Há quanto tempo não fico horas conversando?
Tanto tempo que esta felicidade eu não sentia
Pensando, falando, conhecendo e comentando

Quem sou eu para falar de suas qualidades
Nem mesmo ouso citar receoso de alguma errata
Nas características em comum ou até nas vaidades
Vejo um pouco de mim em ti, de tudo e de nada

Nunca imaginei que fosse sentir isso novamente
Conversar sem nenhum toque, nenhum olhar
Mas já não é o físico que se toca, nem a mente
São duas almas em ressonância a se encontrar

domingo, 15 de setembro de 2013

Teu Coração Junto ao Meu


Teu coração junto ao meu
No começo descompassados
Sem saber o que aconteceu
Para estarem tão apertados

Teu coração junto ao meu
Batendo agora como um só
Nessa paz que nos acometeu
Entrelaçados sem nenhum nó

Teu coração junto ao meu
Me livrando de todo cansaço
Você é minha e eu sou seu
O uníssono silencioso do abraço


Tirinha por: Venes Caitano

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Talvez um Dia

E se eu me apaixonasse por você?
Veria seu rosto como o vejo agora?
Seria eu o bolo e você o glacê?
Poderia estar contigo toda hora?

Eu gostaria que você talvez fosse minha
Não uma propriedade, mas um conjunto
Pra que você não mais se sentisse sozinha
Meus pensamentos seriam seus, todo segundo

Eu gostaria de segurar sua mão junto a mim
Fazer você sentir meu coração pulsando vivo
Repleto de sentimentos bons, todos por ti, sem fim
Te ver sorrir ao ouvir uma palavra doce ao ouvido

Eu gostaria de poder te dar meu coração
De sentir no peito que você se sente bem comigo
Ser pra você bem mais que um simples amigo
Um dia terei coragem de segurar sua mão

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Viagens Inebriantes

Procurei entender a causa inefável e inebriante
Do efeito soporífero que me anuviava a mente
Comecei pelo fato de dormir pouco o bastante
E passei por lugares que permeiam quem sente

Sente que a causa pode ser então o que não é
Que talvez a relação esteja um pouco errada
Que a função viril remete a um outro canapé
Aquela insônia apenas é uma mera derrocada

Viajei pelos cosmos brilhantes e amplificados
Procurando as respostas sem os significados
Antes que do fim perto demais chegasse, voltei
Quando, com um breve salto de susto, acordei

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Bagunças Organizadas de uma Mente Memorável

Hoje acordei decidido a renovar
Organizar minha bagunça eterna
Com água e sabão estava indo lavar
Mal entrei e já machuquei a perna

A bagunça era tal que me vi perdido
Será que começo pelo coração?
Ou talvez comece pela libido?
Sei lá, é tanta indecisão!

Por mais incrível que pareça
Decidi começar pela memória
E ali me vi mergulhando de cabeça
Na minha vida, na minha história

Me vi andando na primeira bike
E então já relembrei meu primeiro amor
Tantas primeiras coisas que levei um baque
Ao sentir na pele tanto frio e tanto calor

Viajei em minhas memórias como nunca antes
Me vi pequeno e me vi meio grande
Me vi deixar de ser apenas um moleque infante
Para me tornar um homem, um amante

Naquela bagunça encontrei a ordem
A ordem que segue a bagunça eterna
Dos agenciamentos e encontros de bem
Daquele banquinho que me machucou a perna

Naquele banco torto e rabiscado
Encontrei apenas um porta retrato
Nele havia nossa foto lá no telhado
Seu sorriso maroto, sempre pacato

Percebi e vi que aquele banquinho
Não mais ocupava o centro da bagunça
Mas sim um lugar com carinho
Sempre próximo àquele coração que pulsa

Acho que comecei a organização errado
Mal comecei e já me vi todo sujo
Sujo de poeira e de teias do telhado
Mais imundo que um marujo

Percebi que aquela bagunça era meu eu
Quem me fazia ser quem sou hoje e sempre
Naquela bagunça sempre guardarei você
Não interessa quem serei ou quem virei a ser

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Selo: Amigos de Inverno






Bom, preciso confessar que sou um pouco resistente quando falamos de selos, porque meu blog é mais um depósito empoeirado e com cheiro de mofo que uma bela sala de visitas com um sofá aconchegante. Agradeço a cada pessoa que gosta de vir aqui e de se perder nessa minha bagunça, especialmente aqueles que não tentam se aconchegar, mas que se sujam de poeira comigo.


Há alguns anos recebi um selo e tem um bom tempo que não recebia mais um, e sou obrigado a concordar com a Marcela que é um enorme prazer ver como meu blog tem chegado às pessoas e como isso tem se caracterizado como um bom encontro da minha existência com a de todos que acessam meu blog, me deixando muito feliz ao receber um elogio e, principalmente, uma homenagem como esta! Obrigado a todos e em especial a você Marcela!

A Marcela Mello do blog Coisas que fazem minha cabeça... me indicou o selo Amigos do Inverno e seguindo a regra desse selo eu tenho que responder algumas perguntas e indicar 11 blogs para o selo então vamos lá!


11 coisas sobre o dono do blog:- Sou extremamente romântico

- Por vezes irônico

- Não como abóbora nem por decreto

- Penso a uma velocidade acima do normal (o que atrapalha em poucas ocasiões)

- Esqueço de ir atrás de meus amigos embora esteja feliz apenas com a memória deles

- Apreciador nato de toda e qualquer delícia culinária

- Católico

- Amo dias frios e/ou nublados

- Apaixonado por gatos

- Descontente com o sistema que rege o mundo em que nasci

- Atitudes falam mais que qualquer palavra bonita.


Acredita em vida após a morte?


Meu lado religioso sim, meu lado crítico e realista não.


Gosta de estudar?

Quando o assunto a ser estudado me interessa, estudo com o maior prazer. Caso contrário, não.


Quais as suas cores favoritas?


Preto, branco e azul.


O que mais gosta de fazer?


Viajar em um livro, viajar em meus agenciamentos, viajar em diversas áreas de interesse. (Por viajar quero dizer, me deslocar, me mover, percorrer, etc.)


Uma realização:


Assumir a consciência de que eu sou o Samuel e não alguém que anda pelas regras impostas a mim. Hoje procuro a minha realização pessoal e não os sonhos consumistas e fúteis criados para reger a massa.


Minha comida predileta


A mais simples.


Um Hobby

Escrever no meu blog.


O que você escreveria se só tivesse uma folha no mundo e ela estivesse com você?

Não escreveria. O que não foi dito pode falar mais que aquilo que já foi falado.


Um instrumento?

Violão por falta de opção. Piano em meus doces sonhos.


Com quem você quer passar agarradinho no cobertor nesse inverno?

Se quem se referir a uma pessoa, esta é uma pergunta sem resposta porque não tenho esse quem, mas se eu puder classifica-la como objeto gostaria de passar com meu travesseiro velho.



Indicar onze blogs:

Bruna Penasso - http://brunapenasso.blogspot.com.br/
Gabriela Castanhari - http://www.cravoicanela.com.br/
Dani Silva - http://expectativasreais.blogspot.com.br/
Alexandre França (coordenador de conteúdo) - http://giragiraffa.blogspot.com.br/
Tamires Alci - http://infinitaliberdade.blogspot.com.br/
Akio Sasaki - http://jovempajem.blogspot.com.br/
Thais Barros - http://www.princesadachina.com/
Maria de Fátima Gomes - http://mariibrigadeiro.blogspot.com.br/
Eduardo - http://edurjedu.blogspot.com.br/
Diogo Figueiredo - http://www.alemdapele.com/
Brendo Vieira - http://brendovieira.blogspot.com.br/

Regras do selo: mencionar quem te deu o selo; falar onze coisas sobre si; passar o selo para onze blogs (e avisar); responder às dez perguntas: Acredita em vida após a morte? Gosta de estudar? Quais as suas cores favoritas? O que mais gosta de fazer? Uma realização? Minha comida predileta? Um hobby? O que você escreveria se só tivesse uma folha no mundo e ela estivesse com você? Um instrumento? Com quem você quer passar agarradinho no cobertor nesse inver
no?

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Questionamentos Insones

Me vi no escuro pensando
Sobre coisas boas e coisas ruins
Coisas que não me deixavam dormir
Ribombando num batuque sem fim

Me vi no escuro pensando
Sobre quem eu sou e o que sou
Será que sou apenas porque ando?
Talvez não seja, apenas vou

Vou sair dessa escuridão
De pensamentos por vezes insones
De questionamentos por telefone
Adeus, estou indo ressucitar meu coração

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cansado

Estou cansado de brincar de amar
Fingir que tenho algo invisível
Alguém que não respira meu ar
Disfarçando esta dor infalível

Cansei de dizer que gosto de você
E de ouvir 'eu te amo' também
Algo tão forte regurgitado à mercê
Olhos cegos que não vêem além

Estou cansado de ser pouco
De ouvir menos e de nada sentir
Estou cansado de tentar como louco
Ser amado e amar e nunca conseguir

terça-feira, 6 de agosto de 2013

É estranho...

É estranho como de repente
Sem razão ou motivo algum
Não consegui mais ser indiferente
Quando te vi sorrindo com qualquer um

Já havia notado suas qualidades antes
Mas parece que estão mais realçadas
Será que posso seguir adiante?
Talvez isso esteja fora de minha alçada

Seus cabelos pretos adornando sua face
Lindos, emoldurando suas feições lado a lado
Escondendo sua vergonha diante de um impasse
Dando vida ao seu sorriso mais acanhado

Suas mãos de dedos longos e retos
Frágeis, mas ao mesmo tempo fortes
Suas unhas pintadas com muito esmero
Contrastando com sua pele de cor nobre

Eu poderia enumerar mais e mais
De caráter subjetivo e não somente corporais
Mas creio eu estar me apaixonando
E isso não vem ao caso porque você já está amando

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Palavras Mal Faladas

Aquela colocação mal feita
Uma palavra errada e deslocada
A má interpretação perfeita
A alma triste e magoada

Não sei se foi intencional
Talvez nunca irei saber
Mas aquela frase banal
Preferia ficar sem ler

Palavras jogadas no lixo
Sentimento descartado
Coração sem endereço fixo
Em todos aspectos, magoado

Cuidado com o que diz
Vai que não existe entendimento
Não é fácil apagar como giz
Marcas que doem, machucam,
Que não voam com o vento

domingo, 30 de junho de 2013

Receita da Felicidade

Ainda bem que não existe esta receita
Os caminhos variam individualmente
Ninguém sabe uma rota perfeita
Só nos resta sempre seguir em frente

Existem, entretanto, alguns passos
Que podem ajudar a seguir essa trilha
Amar sempre e em todos os casos
Um sorriso que recarregue sua pilha

Aquele abraço que revigora a alma
Um olhar carinhoso que vale o dia
A boa ação que sempre salva
Tranquilidade concentrada e esguia

Ser assim vai te levar à felicidade?
Não sei porque não cheguei lá
Mantenha o amor independente da idade
A regra irrevogável: amar!

Fim das Dúvidas

Aqui dentro um buraco ecoa
Vazio de sentimentos e de tudo
Maior que uma enorme lagoa
Maior que o abismo mais profundo

Mas veja só, por um tempo curto
Ele foi preenchido de cor e amor
Mas eu mesmo em um leve surto
Consegui esvaziá-lo de todo calor

Me vi chateado e duvidoso
Será que não estou confuso demais?
O que é esse sentimento choroso?
Vazio ou cheio? Preciso de paz

Pensei e refleti bastante
Vi que esse vazio é melhor cheio
Cheio do teu sorriso cativante
De trigo, fermento e centeio

Cultivando o solo do coração
Amizade que satisfaz a emoção
Tua falta até me deixou sem chão
Me deixa ser uma vez mais
Parte de teu coração?

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sorriso Falho

Quantas vezes me escondi
Atrás de meu próprio rosto
Aquela falsa alegria que transmiti
Com aquele humor insosso

Quanto mais alta a risada
Maior o abismo escondido
A cada infeliz piada
Mais triste e pior eu fico

Talvez eu não precisasse disfarçar
Você triste comigo, sem nem me olhar
Por falivelmente não ter sido
Aquele simples e bom amigo

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Indecisões

Uma vontade de exprimir e falar
Mas ao mesmo tempo quero calar

A indecisão me assola o coração
Sem saber se me deixo levar ou não

Porque é sempre tão difícil assim?
Porque esse aperto no peito não tem fim?

Me vejo sozinho sem ter a quem recorrer
Porque será que agora não tenho você?

Meu semblante é de preocupação
Com os prováveis dias que virão

Me pergunto sobre o que posso fazer
Pra que esse coração velho pare de sofrer

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Inexorável Amor

Por vezes me vejo imaginando
Sobre o que já passou e o que não
Talvez pudesse ter dançado tango
Ou quem sabe ouvir mais o coração

O que já passou não irá voltar
Talvez até esqueça pra apagar a dor
Mas algumas coisas me vieram a calhar
Experiências como o sol do Arpoador

Ou então seu sorriso mais cativante
Memórias do que hoje não existe mais
Mas que aparecem em meu semblante
Quando me pego pensando em teus sinais

O amanhã talvez me mostre muito
Mas o ontem já me mostrou um mar
Talvez em minhas escolhas eu não seja astuto
Desejo apenas e constantemente amar

sábado, 22 de junho de 2013

Cicatrizes da Vida

Pés sujos em chão manchado
Pelo sangue dos inocentes
Onde corta o facão e o machado
Da desigualdade sem precedentes

Olhos baixos de sofrimento
A necessidade maior que a vontade
Sem brilho e sem alento
Sem esperança, sem piedade

Mãos calejadas pela realidade
Áspera vida que não abre portas
O toque temeroso de quem tem vontade
Rejeitados e jogados na fossa

Coração que sangra e chora
Pelo horror que desafia a matemática
Passe um ano, um dia, uma hora
Humilhada e isolada África

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Quando Eu Amo

Já te falei 'eu te amo' ontem?
Talvez estivesse ocupado te olhando
Admirando cada detalhe que você tem
Me desculpe, estava amando

Já te falei 'eu te amo' hoje cedo?
Acho que sim, mais de uma vez
Lembra, quando te silenciei com o dedo
E em seu ouvido sussurrei com altivez

Irei te falar 'eu te amo' amanhã?
Ainda não sei prever o futuro
Mas se depender desse coração duro
Te amarei até não existir mais amanhã

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Vinte Centavos

Sair às ruas é mais que protestar
É sair do comodismo que perdura
É pelos direitos constitucionais lutar
É ser patriota, é ir à luta

Se a única maneira que existe
É gritar e depredar, que seja!
Vândalos, baderneiros de elite
O objetivo não é sair na capa da Veja

Lutar pelo Brasil dos brasileiros
Ir atrás de mais que vinte centavos
Podem até nos chamar de arruaceiros
Mas pelo futuro, vale estar todo suado

sábado, 15 de junho de 2013

Cafuné

As pontas dos dedos que sobem e descem
Ondulando, passando, voltando, revoltando
Acariciando os pequenos cabelos que crescem
E decrescem quando o tempo passa voando

Um afago tão simples quanto ver
Simples demais, de caráter muito singelo
Aquele sentimento que insiste em não padecer
Expressão de carinho e extremo afeto

Sentimentos estes que há muito não sentia
Aquele que formiga da cabeça ao dedo do pé
Enrustido e desacostumado coração
Quanto tempo não experimentava um cafuné?

sexta-feira, 14 de junho de 2013

A Minha Amiga, Agradeço!

Assim como o dia nasce
Você sempre está por perto
Nem sempre face a face
Mas sempre um consolo certo

Quantas vezes em seu ombro me apoiei?
Quantas vezes em meu ombro você também?
Há tempos eu não sentia o que experimentei
Ter uma parte de mim em um outro alguém

Não sei se um muito obrigado satisfaria
Ou se até mesmo um presente seria suficiente
Mas te ofereço o que pra ninguém eu daria
Meu amor e minha amizade sem precedentes

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Solidão Palpitante

O que no meu peito não palpita
Em outro rebuliça, desgasta e agita

Sentimentos de carinho e sincera afeição
Eu daria tudo para senti-los em meu coração

Meus ossos gelados, trincados a gemer
Solitários, cansados, sempre a tremer

Neste frio que a escuridão traz pra perto
Um escuro vazio, sem nada concreto

O que eu daria pra sentir aquela quentura
Que em outro coração age com ternura

Aquecendo, mostrando seu verdadeiro valor
Aquele tal sentimento chamado amor.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Futuro Incerto

Me disseram uma vez que não daria certo
Que tudo indicava uma futura decepção
Mas não me disseram que eu estava perto
De descobrir algo diferente dentro do coração

Me encontrei por um certo tempo perdido
Eram tantas coisas acontecendo simultaneamente
Mas com o passar do tempo me vi decidido
A prosseguir mesmo quando não se sente

O futuro é incerto e não pode ser previsto
O que me resta é seguir meu caminho
Seja com companhia ou malquisto
Olhando para frente, nunca sozinho

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Idéias em Revolução

Idéias medíocres copiadas e replicadas
Que levam a caminhos vagos e inúteis
Nenhuma pergunta concisa e conceituada
Apenas preocupações idiotas e fúteis

Até quando se preocupar com a opinião alheia?
Porque se importar com o que fazem?
Você colhe apenas o que você mesmo semeia
A opinião alheia vem apenas de passagem

Utilize, sim, conceitos pré-fabricados
Mas não se limite a apenas copiar
Transforme a vivência em aprendizado
Revolucione suas idéias, comece a pensar

terça-feira, 30 de abril de 2013

Além da Saudade

Eu sempre soube que não seria fácil sem você
Que haveriam dias em que tudo ficaria sem graça
Quando a memória trai a vontade de esquecer
Me lembrando de momentos, dobra e amassa

Gostaria que você pudesse estar aqui do lado
Ouvir sua voz suave ou tocar sua pele macia
Te ver passar sorrindo e me sentir amado
Demonstrando carinho como só você sabia

A consciência afirma que você não vai vir
Mas a vontade é tanta que me faz desejar
Lembro bem daquele dia que vi você partir
Pois como você bem disse ao me abraçar

"Mesmo eu não estando aqui
Sempre, sempre, irei te amar".

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Alfabetizando a Língua VI

Nada que possamos fazer
Obrigará as pessoas a ler 
Paradas com intelectos inseguros
Quando não sabem divisar os rumos

Retesados em suas amarras ignóbeis
Sentem-se donos de si, que esnobes!
Tantas barreiras para a simples leitura
Umas capas de livros empoeiradas e duras

Viajei mais cedo em meu velho hábito de ler
Xícaras de café em tantas noites afinco
Zanzando, como sempre, dentro de um livro

domingo, 28 de abril de 2013

Esforços Vãos

Uma vez me disseram que sim
Mas logo me disseram não
Será que aqueles não são
Quem nada queria de mim?

Pedem muitas coisas assim
Mas nunca dão atenção
Ao meu suor sempre em vão
Só se importando com o fim

Aquele vestido de cetim
Quem sabe você usará, ou não
Sem se importar com minha mão
Tão dura quanto marfim

domingo, 14 de abril de 2013

Alegrias, Tristezas e finalmente, Alegria!

Certa vez me disseram com empolgação
Que a vida é interessante e cheia de cor
Só esqueceram de mencionar o tufão
de pensamentos ruins como ódio e rancor

Sentimentos que estão sempre por perto
No irmão e nos pais, em qualquer cidadão
Insistindo em acabar com todo o afeto
Que uma vez senti em meu coração

Não consegui resistir a tanta falta de amor
Deixei minha vida ficar preto e branco
Vazia do que é bom e gelada, sem calor
Carrancudo me vi sentado num banco

Simplesmente do nada alguém se sentou
Olhou para mim e abriu um sorriso
Me vi desconcertado como quem não sambou
Ao som daquele furor, emanando conciso

A alegria não está no próximo, me disse
Mas está simplesmente dentro de você
Procure fazer como se dentro de ti sentisse
Sentimentos bons que te fazem viver

O que me faz bem hoje está aqui dentro
Aquilo que me faz alcançar e prosseguir
Felicidade que suplanta a falta de acalento
Obrigado meu Amigo por me fazer sorrir.