quinta-feira, 18 de junho de 2015

Solitude

O som do calor humano mente e agrada
Se faz com mil faces, bonitas e arrojadas
Desfaz os nós e as entranhas embaralhadas
Sorri como o amor ao ver sua amada

Mas o inteiro de si se basta para só
Para só, sozinho, por si, sem ninguém
Sem um, nenhum, sem mais, sem pó
Isolado, nenhuma alma, sem nada além

Sem calor, sem caô, sem doutor
Somente o nada, me basta, me convém
Ao som do vento, do eu e do clamor
Pela solitude, por mim e por mais ninguém

Gratidão pelo silêncio do coração
Somente batidas, compassadas ou não
Sem vozes, sem problemas, sem exclusão
Sem ideias, sem barulho, sem obrigação

Somente o nada, me basta, me convém
Pela solitude, por mim e por mais ninguém