terça-feira, 17 de outubro de 2017

Contatos Perdidos

Toco minha pele
Na sua incrível pele

Pele, sensação, tesão
Pele, suavidade, colisão

Ferocidade no atrito lento
Percorre as peles ao relento

A pele real deixa vestígios
Na pele carnal, abrigos

Ofereço a ti minha alma

Sem pressa, sem correr, calma

Agora o vazio preenche as brechas
Antes cheias de suas mechas

Mas o aroma de seus cabelos
Não mais assomam meus anseios

A distância é impiedosa e cruel
Volte e me devolva meu céu

O contato que antes sismava em colidir
Foi-se, findou-se, deixou de existir

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Quase Um Ano

Quase um ano sem me ver
Sem parar para falar comigo
Quase me esqueço de arder
Sentimentos rodando no umbigo

Quase um ano sem refletir
Repassar a luz e a escuridão
Quase me perco sem sair
Meu corpo parado na vastidão

Quase um ano sem me aproximar
Distanciado pela intimidade conjugada
Quase me abandono sem pensar
Ao léu, sem norte, sem nada

Quase um ano sem dizer quase
Quase penso que era tudo banal
Mas nem só de quases se fazem as frases
Cá estou novamente, sem quase, total.