E tudo começa novamente
Ou simplesmente recomeça
Silencioso, nada estridente
Um mormaço sem pressa
Que ressoa dentro da mente
Não se move nem se apressa
A igualdade que se faz presente
Parece que o hoje é assim para sempre
Nunca amanhã, nunca ontem, nunca nada
Cadê aquele puxão forte no ventre?
Sem susto, sem novidade, sem graça
O sol se põe e nasce infinitamente
Respiro o mesmo ar há anos
Tudo é igual, nada é diferente
Inexoráveis pensamentos levianos
O que mudar enquanto nada se muda?
Já se desfaz em folhas o buquê de arruda
Não se complica mas também não se ajuda
Imutável vida que sempre passa e nada muda