quinta-feira, 20 de junho de 2019

Dos meus sofreres, vazios e dores

Julguei devido meu sofrer
De migalhas me satisfiz
Pouco me importei em ser
Com quase nada me nutri

Ponderei calado minha dor
Apenas aceitei suas pontadas
Sem tirar, nem mover, nem por
Todas as vozes em mim, caladas

Aceitei sozinho meu vazio
Sem nada, sem começo ou fim
Apenas eu, pequeno e aflito
Tons de preto, carvão e nanquim

Vivi sozinho minhas angústias
Porque foi assim que aprendi
Resolvo, sem dor, sem culpas
Só de mim sempre dependi

Chorei aflito meu coração
Despedaçado e retalhado
Duro de tanto ir ao chão
Mole de tanto ser martelado

Quantas coisas vivi e senti
Apesar de tudo foi aí que me fiz
Se hoje sou é porque aprendi
A ser tudo isso e mais um pouco
Um pouco triste, um pouco feliz

terça-feira, 18 de junho de 2019

Corrompido Interesse

Mentiras, desencontros, conluios e afins
Em mentes vorazes por controle e poder
Motivos escusos, vazios de si e chinfrins
Corrompem tudo que tocam sem se conter

Os mecanismos que garantem o bem comum
Se esvaem no interesse próprio e corrupções
Até quando aceitaremos calados esse 0 a 1?
Até quando aceitaremos tantos ladrões?
                                   [de colarinho branco]

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Interpretação Voraz

Falei apenas um a e você entendeu um b
Pedi um pouco de paz e você quis guerra
Tentei de amar e você duvidou do meu ser
Quis te manter no céu mas você caiu na terra

Falei as falas mais simples e inocentes
Um sorriso amargo, um olhar de soslaio
Um meme antigo nada convincente
Um humor alterado, tal qual um raio

Sua defensiva me provoca a atacar
Mesmo quando não quero, cá estou
Não quero atacar, quero apenas amar
Mas de um a prum b tem aquela briga
                                                 que não
                                                  acabou