sábado, 11 de setembro de 2010

As Dores do Mundo I

Lágrimas indiscretas que rolam sem parar
de uma face marcada pela solidão
de olhos profundos de tanto pesar
uma alma incompleta, em total perdição

As dores do mundo são sentidas no coração
de todos que não tem salvação
mas que nunca param de perseverar
pois um sonho hei de conquistar

A fome que seca a barriga
sem nem uma migalha
nem mesmo pra lombriga

A fome que mata
que causa intriga
quando do helicóptero
cai a comida, motivo de briga

A fome que dói mais no coração
ao ver seu pequeno irmão
morrer sem saber o gosto de pão
pois nessa seca é apenas escuridão

A fome que chacina
por egoísmo do tal do homem
tão voraz como lobisomem
para as coisas que vem da terra

Um comentário:

  1. Vívido o teu poema. O tom de protexto e o conteúdo fazem lembrar cenas de desabrigados e famintos na África Subsaariana.
    Gostei da musicalidade.
    Depois confira os meu poemas. Vamos divulgar a peosia por aí, camarada.
    ..

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