sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Embrulhada no E
Embrulhada em seus lençóis brancos
Esperava saciar o anseio que lhe afligia
Entre os pensamentos os sonhos, tantos!
Enquanto lhe escapava a luz do dia
Escondida nas dobras daquele edredom
Encolhida com o frio fustigando sem dó
Escolheu por conta usar seu precioso dom
Essa sua única e infinita paciência de Jó
Enquanto esperava pelo o quê ninguém sabe
Eram somente seus pés que para fora ficavam
Expostos sim, porque na meia já não cabe
Essa vontade que suas pegadas já deixavam
Embalada pelos seus inconstantes pensamentos
Estas exequíveis vontades incompreensíveis!
Espera, então, o calor para seus pés sedentos
Enfiada nas dobras de seus quereres intangíveis
Imagem por: Solstício de Janeiro
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