Igualmente nosso cárcere sem barras ou paredes
Diminuem, agora, os discursos de ódio, ainda bem!
Mas ainda fica o ranço da ilusão, amarelas e verdes
Das cores que se fazem e refazem com o preconceito
A linguagem mal utilizada para encarcerar pessoas
Seu viado, sua puta, seu coxinha, sua vadia, seu preto!
Quando que estas representações deixaram de ser boas?
Talvez nunca tenham sido, quiçá foram criadas para tal
Não sei! Não estudei sobre isso, não me preocupei com a fonte
Me preocupa mesmo é o hoje, os oprimidos, nossa vida atual
Ver pessoas diminuindo pessoas, escurecendo de tantos, o horizonte
Neste meio incerto, cheio de grosseiras falhas e alienado
Vamos vivendo em meio a atrocidades como preconceito
Mas façamos nossa parte, não espalhemos algo errado
Não adianta refutar o que nos é de direito, o respeito!