Joguei fora todos planos inventados
Apaziguei os ânimos de tantas revoltas
Retoquei a pintura, refiz com retalhos
Reergui caídos pilares sem voltas
Limpei os móveis e aspirei os cantos
Retratos vazios esperando vivências
Piso brilhando, pelo menos por enquanto
Ar fresco e contínuo, como as reticências
Esperei sem saber que esperava
Prorroguei a reforma e a vontade
Ansiava por algo que não contava
Esperanças perdidas na tempestade
Espero que não caia no buraco
Um enorme que fica no caminho
Profundo, intenso, escuro e opaco
É preciso descobrir um jeitinho
Te vejo sorrindo na porta de minha casa
Nunca imaginei ver alguém aqui novamente
Passa pela porta gentilmente encolhendo as asas
Me perco no tempo ao abraçá-la ternamente
Sorrindo, como há muito não sorria
Vivendo, como há muito não vivia
Construindo, como há muito não construía
Amando, como nunca achei que amaria
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