Eu costumava não pensar muito
Mas agora me vejo gastando demais
Meus neurônios com cada absurdo
Planetas, racismo, a ilha de alcatraz
Mas nem por um breve momento
Esses absurdos deixam de existir
Nem durante um rápido alento
Essa realidade deixa de me consumir
Quem sou eu e quem é você?
Porque fazemos o que fazemos?
Porque, por que, porquê, por quê?
Vejo que de sentido, nos desfazemos
Poucas coisas nessa existência leviana
Acontecem assim, sem razão ou lógica
Especialmente aqui a ação humana
Sempre se fundamenta, repito, na lógica
A cultura transmitida ininterruptamente
As bases dos porquês nunca realizados
Os sonhos prontos depositados na mente
Uma vida inteira com rumos determinados
Ou você achou mesmo que suas práticas
Eram realizadas porque você as inventou?
Das mais modernas às mais clássicas
Pouca coisa é inventada, alguém te ensinou
Ensinou a odiar, a amar, a sentir e entender
Ensinou a não aprender, a esquecer e não ver
Ensinou a subjetivar, a recalcar, a esconder
Ensinou a ensinar e continuar ensinando a ser
Mais um nesse mundo de vários uns
Sem saber nem porquê nem pra quê
Mas não se pode abandonar alguns
Eis que aqui jazem vários por quês
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