A sombra daquela mangueira caía levemente sobre meu jardim
Banhando de lembranças aquele banquinho de madeira velha
Construído há séculos pelo meu bom avô Crispim.
Lembro de ter subido nela quando ainda era esguia e singela
e levar puxões de orelha por tentar quebrar a pobre árvore
Mas lembro que a visão que tinha de sua copa era, de longe, a mais bela.
Inúmeras vezes comemos de seus frutos carnudos e acredite, sem fiapos
E durante todos estes anos ela não murchou e não reclamou, sempre radiante
Começando a amadurecer seus frutos quando todas outras já estavam aos trapos.
Ah, minha cara e amiga Mangueira
Quantas histórias ouviu neste banco?
Muitas delas sem eira nem beira
Mas agora que você finalmente se foi
O que nos resta é lembrar
Daquilo que passou, mas ficou.
Muito bom!
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