segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Vazio de Ser

Eu era vazio, um vácuo, mudo
Abandonado e esquecido de tudo

Eu era nada e do nada me alimentava
Perdido, decaído e murcho, caminhava

Eu era o não ser da existência humana
Um corpo aleatório que nem calor emana

Eu era o senso comum, vazio de si
Sem conteúdo, sem começo, sem fim

Eu era o inominável calar da noite
Que anseia por findar tudo, até a morte

Eu era e ao mesmo tempo não era nada
Era porque ainda sou algo nessa jornada

Era, sou, serei

Era vazio

Sou, de você, repleto

Serei enquanto você aqui estiver

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