Aperto meu miocárdio sem fim
A angústia permeia cada gotícula
Do suor que transborda em mim
Apareço e desapareço aos olhos
A memória escorre entre os neurônios
Olhos em total desconforto, simplórios
A garganta segue o caminho oposto
Seca tal qual o Saara em seu dia mais longo
Engulo saliva para preencher meu desgosto
Pisco várias vezes como se resolvesse
Mas a ânsia por dar errado fala mais alto
Como se meu eu de mim se perdesse
Peço uma pausa e respiro abissalmente
O erro, se vir, virá bem pomposamente
Nem depois, tampouco previamente
Sempre durante, sempre presente
O que ocupa minha mente, então?
O medo do momento ou não?
O medo de ter medo de errar
O medo de ter medo de não controlar
O medo de ter medo de repetir
O medo de ter medo de não conseguir
O medo de ter medo
Do medo
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