segunda-feira, 22 de abril de 2019

Marés de Incertezas

Formas indistintas em mim
Certezas se aproximam e não
Dúvidas espreitam até o fim
Sombras bruxuleantes no chão

As cores monocromáticas somem
Em uma brisa leve que me açoita
Me perco entre cores que me comem
Respiradas rápidas e afoitas

Me agarro às barras fortemente
Cá estou, aqui me faço, eu sou
Olho para mim ainda descrente
Furacão discreto que se dissipou

Ainda espantado, finjo segurança
Enquanto nado no mar da incerteza
Ainda que me agarre só à esperança
Prossigo inexorável junto à correnteza

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