Paisagens verdes colorem os horizontes
O azul claro do céu é limpo e estonteante
Passo por planícies, depressões e montes
Meu limite é apenas o infinito distante
A visão que não se comporta no rosto
Vê o que existe mas também o que não
Se esbanja no sol frio de agosto
Lacrimeja sem piscar nesse clarão
O vento cálido espreita as orelhas rapidamente
Despenteia os cabelos sem nenhuma vergonha
Faz sentir essa sensação, ora frio, ora quente
Engrandece as cores com seu toque de cegonha
O cantar dos pássaros e da natureza a mil
Vem e volta na sua irregular dança inconstante
Sinaliza os tons de magenta, índigo, grená e anil
É como se todo tempo do mundo durasse um instante
Baldes de cores que se misturam sutilmente
A infinita vontade de abraça-las me deixa ranzinza
Gostaria de ter e sentir todas constantemente
Pra apagar a única cor que me preenche, o cinza
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