Devagar escrevo
A curtos passos
No baixo relevo
Evitando cansaços
Nem mesmo mentalizo
O tempo não passa
Feridas cauterizo
Parando, sem graça
Nada é engraçado
Meu sorriso demora
O cabelo amassado
Na parede escora
O fechar dos olhos
Pesados de viver
Banhos de óleos
No escuro do ser
O nada palpita
Silêncio abissal
Procuro a fita
Laço fatal
Vou parando
Devagar
Ando
Ar
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