Onde está minha flor que não aqui agora?
Sinto seu cheiro mas não a vejo em lugar algum
Cansado de meu interior, te procuro lá fora
Mas simplesmente não a acho em lugar nenhum
Meus dias cinzas sem sua cor a me colorir
Nos falamos à distância mas isso não restaura os laços
Passar os dias e as horas sem seus beijos a me cobrir
Longe de suas palavras e carícias, de seus ternos abraços
Não fico triste por você não estar aqui agora
Mas uma falta profunda se instala no peito
Onde está a minha flor que não do meu lado agora?
Está lá longe de mim, longe da mão, lonjura sem jeito
Onde está a minha flor que não do meu lado agora?
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
domingo, 7 de dezembro de 2014
Decepções
Falsas palavras recitadas com a certeza
De que a segurança e confiança evanescem
Sem saber da realidade, sem nenhuma clareza
Regurgita o irreal em meus olhos que não aquiescem
Palavras que cortam mais que facas afiadas
Dúvidas que machucam mais que a dor física
Incertezas que minam o calor e as gargalhadas
Tristeza infinita naquela melodia triste e infinita
A decepção toma conta do coração
O perdão ainda não está pronto para ser dado
E a dor ainda me cega como um clarão
Por você ter deliberadamente me machucado
O amargor preenche minha boca neste instante
Fico a imaginar os rios e as correntezas a falar
É tudo tão instável, tão errôneo e inconstante
Esse buraco que começou fechar
E tão logo voltou a alargar
De que a segurança e confiança evanescem
Sem saber da realidade, sem nenhuma clareza
Regurgita o irreal em meus olhos que não aquiescem
Palavras que cortam mais que facas afiadas
Dúvidas que machucam mais que a dor física
Incertezas que minam o calor e as gargalhadas
Tristeza infinita naquela melodia triste e infinita
A decepção toma conta do coração
O perdão ainda não está pronto para ser dado
E a dor ainda me cega como um clarão
Por você ter deliberadamente me machucado
O amargor preenche minha boca neste instante
Fico a imaginar os rios e as correntezas a falar
É tudo tão instável, tão errôneo e inconstante
Esse buraco que começou fechar
E tão logo voltou a alargar
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Esperar sem Esperar
Joguei fora todos planos inventados
Apaziguei os ânimos de tantas revoltas
Retoquei a pintura, refiz com retalhos
Reergui caídos pilares sem voltas
Limpei os móveis e aspirei os cantos
Retratos vazios esperando vivências
Piso brilhando, pelo menos por enquanto
Ar fresco e contínuo, como as reticências
Esperei sem saber que esperava
Prorroguei a reforma e a vontade
Ansiava por algo que não contava
Esperanças perdidas na tempestade
Espero que não caia no buraco
Um enorme que fica no caminho
Profundo, intenso, escuro e opaco
É preciso descobrir um jeitinho
Te vejo sorrindo na porta de minha casa
Nunca imaginei ver alguém aqui novamente
Passa pela porta gentilmente encolhendo as asas
Me perco no tempo ao abraçá-la ternamente
Sorrindo, como há muito não sorria
Vivendo, como há muito não vivia
Construindo, como há muito não construía
Amando, como nunca achei que amaria
Apaziguei os ânimos de tantas revoltas
Retoquei a pintura, refiz com retalhos
Reergui caídos pilares sem voltas
Limpei os móveis e aspirei os cantos
Retratos vazios esperando vivências
Piso brilhando, pelo menos por enquanto
Ar fresco e contínuo, como as reticências
Esperei sem saber que esperava
Prorroguei a reforma e a vontade
Ansiava por algo que não contava
Esperanças perdidas na tempestade
Espero que não caia no buraco
Um enorme que fica no caminho
Profundo, intenso, escuro e opaco
É preciso descobrir um jeitinho
Te vejo sorrindo na porta de minha casa
Nunca imaginei ver alguém aqui novamente
Passa pela porta gentilmente encolhendo as asas
Me perco no tempo ao abraçá-la ternamente
Sorrindo, como há muito não sorria
Vivendo, como há muito não vivia
Construindo, como há muito não construía
Amando, como nunca achei que amaria
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Insistente Presença Enigmática
Histórias que se debruçam sobre si
Medos, receios e sons que vêm e vão
As lembranças boas giram num frenesi
Se agitam e se refazem num turbilhão
Por que insiste meu coração habitar?
Já me destes todos motivos para não
Pensava ter até alguns para te odiar
Não entendi as peripécias do coração
Seu sabor me acompanha nos sonhos
Enquanto o toque se faz presente agora
Sentimentos que eu achava bisonhos
Por não terem sua presença na hora
Por que insiste meu coração habitar?
A dificuldade de você me faz vacilante
Sozinho, tudo era tão simples manipular
Anseio por esse sentimento causticante
Quando menos reparo, me vejo você
Ao parar de raciocinar, me vejo você
Se vou contemplar, só me vejo você
Se penso em amar, eu só vejo você
Por que insiste meu coração habitar?
Se ainda não acredita que estou a te amar?
Medos, receios e sons que vêm e vão
As lembranças boas giram num frenesi
Se agitam e se refazem num turbilhão
Por que insiste meu coração habitar?
Já me destes todos motivos para não
Pensava ter até alguns para te odiar
Não entendi as peripécias do coração
Seu sabor me acompanha nos sonhos
Enquanto o toque se faz presente agora
Sentimentos que eu achava bisonhos
Por não terem sua presença na hora
Por que insiste meu coração habitar?
A dificuldade de você me faz vacilante
Sozinho, tudo era tão simples manipular
Anseio por esse sentimento causticante
Quando menos reparo, me vejo você
Ao parar de raciocinar, me vejo você
Se vou contemplar, só me vejo você
Se penso em amar, eu só vejo você
Por que insiste meu coração habitar?
Se ainda não acredita que estou a te amar?
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Sorrisos
Sorrisos joviais e cheios de dentes
Que se abrem ao menor movimento
Por vezes receosos, outras mui contentes
Alguns com um mágico encantamento
De soslaio ou de cantinho
Com covinhas ou bem educado
Dentes à mostra ou sorrisinho
Barulhento ou falsificado
Salvam meu dia quando sorriem comigo
Sorrisos que sorriem novamente ao lembrar
De família, desconhecido, da amada e do amigo
Pouco importa, são sorrisos a me alegrar
Muito tímidos ou enigmáticos
Inexistentes ou difíceis de sair
Inconvenientes ou muito práticos
Perfeitos, todos que me fazem sorrir
Que se abrem ao menor movimento
Por vezes receosos, outras mui contentes
Alguns com um mágico encantamento
De soslaio ou de cantinho
Com covinhas ou bem educado
Dentes à mostra ou sorrisinho
Barulhento ou falsificado
Salvam meu dia quando sorriem comigo
Sorrisos que sorriem novamente ao lembrar
De família, desconhecido, da amada e do amigo
Pouco importa, são sorrisos a me alegrar
Muito tímidos ou enigmáticos
Inexistentes ou difíceis de sair
Inconvenientes ou muito práticos
Perfeitos, todos que me fazem sorrir
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Realidades Deturpadas II
A linguagem, nossa janela para o horizonte além
Igualmente nosso cárcere sem barras ou paredes
Diminuem, agora, os discursos de ódio, ainda bem!
Mas ainda fica o ranço da ilusão, amarelas e verdes
Das cores que se fazem e refazem com o preconceito
A linguagem mal utilizada para encarcerar pessoas
Seu viado, sua puta, seu coxinha, sua vadia, seu preto!
Quando que estas representações deixaram de ser boas?
Talvez nunca tenham sido, quiçá foram criadas para tal
Não sei! Não estudei sobre isso, não me preocupei com a fonte
Me preocupa mesmo é o hoje, os oprimidos, nossa vida atual
Ver pessoas diminuindo pessoas, escurecendo de tantos, o horizonte
Neste meio incerto, cheio de grosseiras falhas e alienado
Vamos vivendo em meio a atrocidades como preconceito
Mas façamos nossa parte, não espalhemos algo errado
Não adianta refutar o que nos é de direito, o respeito!
domingo, 26 de outubro de 2014
Inigualavelmente
Em meu abraços a pele sente
Desmente e se entende como gente
O calor que emana genuinamente
Toques que se fazem plenamente
Seu olhar sedento e atraente
Misterioso, sempre envolvente
Não permite brecha pra quem mente
Se faz e se desfaz continuamente
Em seus lábios me perco levianamente
Um lábio, uma língua, saliva e um dente
Sinto como se as horas passassem lentamente
Molhado, intenso, inseparável e quente
O teu toque me acaricia gentilmente
Onde você toca chega a ficar dormente
Os caminhos incertos e inconsequentes
O desejo de mais e mais anuvia a mente
Minha imaginação arfando rapidamente
Esquece as palavras, as rimas debilmente
Tanto que não sai desse insistente 'mente'
Tal qual deliciosa sensação de estar com você inteiramente
Desmente e se entende como gente
O calor que emana genuinamente
Toques que se fazem plenamente
Seu olhar sedento e atraente
Misterioso, sempre envolvente
Não permite brecha pra quem mente
Se faz e se desfaz continuamente
Em seus lábios me perco levianamente
Um lábio, uma língua, saliva e um dente
Sinto como se as horas passassem lentamente
Molhado, intenso, inseparável e quente
O teu toque me acaricia gentilmente
Onde você toca chega a ficar dormente
Os caminhos incertos e inconsequentes
O desejo de mais e mais anuvia a mente
Minha imaginação arfando rapidamente
Esquece as palavras, as rimas debilmente
Tanto que não sai desse insistente 'mente'
Tal qual deliciosa sensação de estar com você inteiramente
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Batidas Solitárias
Os espaços não preenchidos ecoam
Passos mal escondidos anunciam
Caminhadas que rapidamente escoam
Pelas idas e vindas que se aproximam
Memórias escuras, duras e pesadas
De ombros baixos, no caminho perdura
Se apoiando em quebradas amuradas
Vistas baixas, sem esperança nem cura
O estardalhaço do silêncio ribomba
Juntamente com o coração pulsante
Quase que as costelas arromba
Ao ouvir outro som tão causticante
Os ecos de batidas isoladas
Anseiam por não mais bater
Mas ainda assim bate marteladas
Porque ao bater se mantém a viver
O Tum se faz num Tum
Tum-Tum
Que de Tum só tem o Tum
Tum-Tum
Desritmado Tum que vai de Tum
Tum-Tum
Que não tem Tum, apenas um
Tum
Passos mal escondidos anunciam
Caminhadas que rapidamente escoam
Pelas idas e vindas que se aproximam
Memórias escuras, duras e pesadas
De ombros baixos, no caminho perdura
Se apoiando em quebradas amuradas
Vistas baixas, sem esperança nem cura
O estardalhaço do silêncio ribomba
Juntamente com o coração pulsante
Quase que as costelas arromba
Ao ouvir outro som tão causticante
Os ecos de batidas isoladas
Anseiam por não mais bater
Mas ainda assim bate marteladas
Porque ao bater se mantém a viver
O Tum se faz num Tum
Tum-Tum
Que de Tum só tem o Tum
Tum-Tum
Desritmado Tum que vai de Tum
Tum-Tum
Que não tem Tum, apenas um
Tum
Receios
Falei para as nuvens voltarem
Para cobrir do rosto o receio
Quando os olhos se encontrarem
Um calor que vai emanar sem medo
Na testa, o suor frio escorre
O medo de errar, fazer algo anormal
O enorme carinho que não morre
A vontade de um abraço sem igual
Em teus olhos me afoguei
E na tua pele me vi perdido
Bela rainha ao lado de seu rei
Um descontentamento descabido
Tal qual receio sempre me aflige
Por não suportar a ideia da distância
O calor me olha como uma esfinge
A me acolher com pura confiança
Só me resta, portanto, confiar
E fazer de mim o meu melhor
Pois meus receios me levam o ar
Mas valem cada gota de suor
Para cobrir do rosto o receio
Quando os olhos se encontrarem
Um calor que vai emanar sem medo
Na testa, o suor frio escorre
O medo de errar, fazer algo anormal
O enorme carinho que não morre
A vontade de um abraço sem igual
Em teus olhos me afoguei
E na tua pele me vi perdido
Bela rainha ao lado de seu rei
Um descontentamento descabido
Tal qual receio sempre me aflige
Por não suportar a ideia da distância
O calor me olha como uma esfinge
A me acolher com pura confiança
Só me resta, portanto, confiar
E fazer de mim o meu melhor
Pois meus receios me levam o ar
Mas valem cada gota de suor
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Apenas, ser.
Olhares e sorrisos tímidos
Coroam sem brilho o ardor
Escondem a amor e a libido
Mascaram a verdadeira cor
Qual vontade de acertar logo
Sem rodeios e sem desculpas
Diariamente por isso, rogo
Livre de todas minhas culpas
Aquele sorriso tímido me atrai
Sempre em meus pensamentos
Meu coração, no peito se contrai
Sem saber os corretos momentos
Como chegar mais perto?
Sem, levianamente, afastar?
Como ser da novela, o Roberto
Que sabe sempre o que falar?
O ator, cenas já não faz
Espera, atento, a simplicidade
À possibilidade de ser sagaz
E dizer sem rodeios e com alteridade:
Vem comigo viver, amar, sorrir
Chorar, caminhar, sofrer
Superar, preencher e dormir
Apenas, como um, SER.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Chove em meu Abraço
A chuva respinga em meus sapatos azuis
Por vezes parece que chove ao contrário
Nesse vento gelado não tenho nem um capuz
Só tenho suas lembranças no meu armário
Com esse som da chuva, quase ouço você
Memórias que abarrotam caixas e mais caixas
Quantas vezes a chuva coroou as tardes com glacê
Transformou em bons todos os momentos sem graça
Olho para a rua à frente e vejo apenas o comum
Jogo para o alto minha única proteção contra nada
Os sentimentos, as vozes, os amores com gosto de rum
Até mesmo o seu clarão antecedendo a trovoada
Abraço, sim, toda a chuva que me cabe abraçar
Neste abraço tento englobar o claro e o escurecer
Abraço forte até nenhuma gota cair, nenhuma sobrar
E com estas rimas pobres meu abraço vai crescer
Até me ver abraçando ninguém menos que você
Arte por: Gervasio Troche
Árvore Seca
As folhas se sacodem incomodadas
Os galhos se esgueiram para longe
O tronco bifurcado numa dança, afaga
As nuvens que seguem pro horizonte
A vida cresce e se entrama tal qual
A árvore seca que cresce por lá
Naquelas secas ramas vejo o sinal
Aqueles olhos atentos a me observar
De seus finos galhos a vida que se espalha
Num simples desabrochar de primavera
O calor do sol esquenta tal qual fornalha
E a seiva pulsa intensa e sincera
Toques inatingíveis de suas raríssimas folhas
A longa trajetória até chegar finalmente ao chão
O alvorecer como dos vinhos se retiram as rolhas
Uma simples árvore, descrita com o coração
Os galhos se esgueiram para longe
O tronco bifurcado numa dança, afaga
As nuvens que seguem pro horizonte
A vida cresce e se entrama tal qual
A árvore seca que cresce por lá
Naquelas secas ramas vejo o sinal
Aqueles olhos atentos a me observar
De seus finos galhos a vida que se espalha
Num simples desabrochar de primavera
O calor do sol esquenta tal qual fornalha
E a seiva pulsa intensa e sincera
Toques inatingíveis de suas raríssimas folhas
A longa trajetória até chegar finalmente ao chão
O alvorecer como dos vinhos se retiram as rolhas
Uma simples árvore, descrita com o coração
Unfolded
Concerned about my feelings
I struggle to understand my life
Can't even hear my heart beatings
I'm blind amidst my own strife
I was told not to worry about this
But the troubles insist to fill my mind
Wish we could vanish, my pretty miss
To a new place, everything left behind
The long forgotten dreams of yours
Shall once more stand strong inside
Cause I want to fight your wars
Not alone, but with you by my side
I may appear clumsy to you right now
But the only thing I can guarantee
Is that my heart made a single vow
To be with you, like water with the sea
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
A Penúltima Oração antes do Fim
Ó cruéis encontros da vida!
Porque judias de mim?
Sabeis tudo de minha caída,
Tudo sobre meu fim!
Ó cruéis reviravoltas do amor!
Porque judias de mim?
Sabeis tudo de meu amargor,
Mesmo assim desdenha meu carmim!
Ó cruéis entraves da amizade!
Porque judias de mim?
Sabeis tudo de minha fidelidade,
E insiste em tirar proveito assim!
Ó cruéis fragilidades da saúde!
Porque judias de mim?
Sabeis tudo já que somos completude,
Teima ainda em ceifar meu jardim!
Ó cruéis amarras de minha angústia!
Porque insiste também em judiar de mim?
Não éramos um em plena monarquia?
E agora ris de mim, tal qual arlequim!
Ó vil e impiedoso desespero!
A ti recorro uma vez mais!
Me ajude a sair deste bueiro,
E recobrar meus sentimentos imateriais!
Amém.
Porque judias de mim?
Sabeis tudo de minha caída,
Tudo sobre meu fim!
Ó cruéis reviravoltas do amor!
Porque judias de mim?
Sabeis tudo de meu amargor,
Mesmo assim desdenha meu carmim!
Ó cruéis entraves da amizade!
Porque judias de mim?
Sabeis tudo de minha fidelidade,
E insiste em tirar proveito assim!
Ó cruéis fragilidades da saúde!
Porque judias de mim?
Sabeis tudo já que somos completude,
Teima ainda em ceifar meu jardim!
Ó cruéis amarras de minha angústia!
Porque insiste também em judiar de mim?
Não éramos um em plena monarquia?
E agora ris de mim, tal qual arlequim!
Ó vil e impiedoso desespero!
A ti recorro uma vez mais!
Me ajude a sair deste bueiro,
E recobrar meus sentimentos imateriais!
Amém.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
A Curtos Passos
Olho para os lados de soslaio
Fico meio assim, ressabiado
Não sei se fico ou se saio
Mas continuo, mesmo cansado
Um pequeno passo aqui
Outro passo acolá
Piso forte ao sentir
Que o fraco não vai dar
Nada muito rápido, é claro
Sempre analisando, pensando
Cada passo me é muito caro
Jamais voltarão, sem pranto
Caminhos vou abrindo
Nunca parado ou morrendo
A curtos passos vou indo
A curtos passos vou vivendo
Fico meio assim, ressabiado
Não sei se fico ou se saio
Mas continuo, mesmo cansado
Um pequeno passo aqui
Outro passo acolá
Piso forte ao sentir
Que o fraco não vai dar
Nada muito rápido, é claro
Sempre analisando, pensando
Cada passo me é muito caro
Jamais voltarão, sem pranto
Caminhos vou abrindo
Nunca parado ou morrendo
A curtos passos vou indo
A curtos passos vou vivendo
domingo, 14 de setembro de 2014
Caminhos Tortuosos
Vontades inconformadas pelo não
Incompetências, atento enquanto vivo
Voluptuosas dobras ardentes na mão
Infiéis escrúpulos soltando de seu crivo
Encarecidas preces pelo nada efêmero
Enfurecidos olhares que de nada servem
Embaçados vidros carentes de têmpera
Escuros olhares perdidos não crescem
Quiçá fosse do fim, o começo primordial
Noutra vida estaria a alcance do braço
Estendida, sim, seu calor sem igual
Longas caminhadas, suado e descalço
Voluptuosas dobras ardentes na mão
Infiéis escrúpulos soltando de seu crivo
Encarecidas preces pelo nada efêmero
Enfurecidos olhares que de nada servem
Embaçados vidros carentes de têmpera
Escuros olhares perdidos não crescem
Quiçá fosse do fim, o começo primordial
Noutra vida estaria a alcance do braço
Estendida, sim, seu calor sem igual
Longas caminhadas, suado e descalço
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Saudades da minha Cidade
Sentiria o frescor da maresia
me inspirando para mais uma poesia
Sentiria aquele forte calor humano
ao caminhar pelo meu bairro suburbano
Sentiria a minha leve e humilde pequenez
ao ver toda a cidade iluminada mais uma vez
Sentiria aquele cheiro de castanha assada
Por causa da fábrica ali da baixada
Sentiria a alegria de me esbaldar na praia
Vendo os peixes, caravelas, aves e arraias
Sentiria isso e muito mais
Se não estivesse dela a quatro mil quilômetros
Sempre tão longe
Longe demais
me inspirando para mais uma poesia
Sentiria aquele forte calor humano
ao caminhar pelo meu bairro suburbano
Sentiria a minha leve e humilde pequenez
ao ver toda a cidade iluminada mais uma vez
Sentiria aquele cheiro de castanha assada
Por causa da fábrica ali da baixada
Sentiria a alegria de me esbaldar na praia
Vendo os peixes, caravelas, aves e arraias
Sentiria isso e muito mais
Se não estivesse dela a quatro mil quilômetros
Sempre tão longe
Longe demais
sábado, 16 de agosto de 2014
Visitas Rápidas
Serão sempre visitas rápidas
Daquelas que nem viu e já vai
Apenas algumas palavras cálidas
Um olhar que logo se contrai
Mãos enrijecidas, mãos ríspidas
Abraços que o corpo abstrai
Por isso que rápidas sempre serão
Ou não conseguirei controlar meu coração
Daquelas que nem viu e já vai
Apenas algumas palavras cálidas
Um olhar que logo se contrai
Mãos enrijecidas, mãos ríspidas
Abraços que o corpo abstrai
Por isso que rápidas sempre serão
Ou não conseguirei controlar meu coração
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Embrulhada no E
Embrulhada em seus lençóis brancos
Esperava saciar o anseio que lhe afligia
Entre os pensamentos os sonhos, tantos!
Enquanto lhe escapava a luz do dia
Escondida nas dobras daquele edredom
Encolhida com o frio fustigando sem dó
Escolheu por conta usar seu precioso dom
Essa sua única e infinita paciência de Jó
Enquanto esperava pelo o quê ninguém sabe
Eram somente seus pés que para fora ficavam
Expostos sim, porque na meia já não cabe
Essa vontade que suas pegadas já deixavam
Embalada pelos seus inconstantes pensamentos
Estas exequíveis vontades incompreensíveis!
Espera, então, o calor para seus pés sedentos
Enfiada nas dobras de seus quereres intangíveis
Imagem por: Solstício de Janeiro
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Quase Onipresente, Amor
O amor está em todo lugar
Flores de cores vermelhas
Gestos mais amplos que o mar
Uma breve mordida na orelha
Nunca se falou tanto do amor
Para todo o lado se vê corações
Sorrisos tortos em total torpor
Quantas emoções, quantas ilusões
Amor para cá
Amor para lá
Vem aqui amar
Vai amar pra lá
O amor está em todo lugar
Está da cabeça ao chão
Até onde parece estar
Menos aqui em meu coração
Flores de cores vermelhas
Gestos mais amplos que o mar
Uma breve mordida na orelha
Nunca se falou tanto do amor
Para todo o lado se vê corações
Sorrisos tortos em total torpor
Quantas emoções, quantas ilusões
Amor para cá
Amor para lá
Vem aqui amar
Vai amar pra lá
O amor está em todo lugar
Está da cabeça ao chão
Até onde parece estar
Menos aqui em meu coração
domingo, 10 de agosto de 2014
Corpos
Perdições reviradas pelas sarjetas
Envolvem seduzentes os pescoços
Se jogando devagar nas valetas
Corpos senis, corpos sem ossos
Calores esfriados pelos buracos
Tocam gentilmente, receosos
Se escondem, loucos e fracos
Corpos senis, corpos sem ossos
Ansiedades esquecidas no chão
Olhares sumidos, todos nossos
Esmagam o abatido coração
Corpos senis, corpos sem ossos
Temerosos
Perigosos
Orgulhosos
Mentirosos
Corpos senis, corpos sem ossos
Envolvem seduzentes os pescoços
Se jogando devagar nas valetas
Corpos senis, corpos sem ossos
Calores esfriados pelos buracos
Tocam gentilmente, receosos
Se escondem, loucos e fracos
Corpos senis, corpos sem ossos
Ansiedades esquecidas no chão
Olhares sumidos, todos nossos
Esmagam o abatido coração
Corpos senis, corpos sem ossos
Temerosos
Perigosos
Orgulhosos
Mentirosos
Corpos senis, corpos sem ossos
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Silêncio
As ondas se quebravam na praia
E tudo estava no completo silêncio
Um pássaro pequeno e vazio assoviava
E tudo estava no completo silêncio
O vento soprava ameno e sem força
E tudo estava no completo silêncio
Apenas vi o alaúde daquela moça
E tudo estava no completo silêncio
Gritei
Ouvi
Alardeei
Nada senti
Esperei ouvir sua voz ressoar em mim
Mas parecia ir contra o bom senso
Nada ouvi de seu coração de marfim
E tudo estava no completo silêncio
E tudo estava no completo silêncio
Um pássaro pequeno e vazio assoviava
E tudo estava no completo silêncio
O vento soprava ameno e sem força
E tudo estava no completo silêncio
Apenas vi o alaúde daquela moça
E tudo estava no completo silêncio
Gritei
Ouvi
Alardeei
Nada senti
Esperei ouvir sua voz ressoar em mim
Mas parecia ir contra o bom senso
Nada ouvi de seu coração de marfim
E tudo estava no completo silêncio
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Perfumes
Sempre quando acordo
Passo aquele perfume
Hoje não mais recordo
Mas virou um costume
Será que você já sentiu?
Será que você gostou?
Ouço a chuva de abril
Poema que jamais recitou
Leve um pouco de mim
Ao menos meu perfume
Sinta meu calor em ti
Meu gostar, meu ciúme
Também o cheiro seu
Em minhas mãos viajantes
Assim como você tem o meu
Nossas sensações inebriantes
Arte por: Letícia Maia - Infinito Particular
domingo, 3 de agosto de 2014
O Retorno
E pra lá eu retorno uma vez mais
As costas doloridas e curvas incomodam
Passos curtos de feridas talvez fatais
Olhos baixos que com nada se importam
O cansaço invade o corpo em frangalhos
Guerras combatidas sem nenhum resultado
Estradas duras, irregulares, sem atalhos
As pernas fraquejam com o pulmão cansado
Vejo ao longe o local em completa ruína
Com esforço me acomodo no chão duro
As paredes cobertas com uma poeira fina
Fecho os olhos, e me aconchego no escuro
O frio do nada que insiste em aparecer
Trato as feridas com areia da ampulheta
Lento, vagaroso, devagar, sem correr
Conto os dias e anoto numa caderneta
Este lugar que sempre foi o meu reduto
Com esta fogueira que não sustenta uma brasa
Mas ainda assim me sinto aqui mais seguro
Porque finalmente eu estou na minha casa
As costas doloridas e curvas incomodam
Passos curtos de feridas talvez fatais
Olhos baixos que com nada se importam
O cansaço invade o corpo em frangalhos
Guerras combatidas sem nenhum resultado
Estradas duras, irregulares, sem atalhos
As pernas fraquejam com o pulmão cansado
Vejo ao longe o local em completa ruína
Com esforço me acomodo no chão duro
As paredes cobertas com uma poeira fina
Fecho os olhos, e me aconchego no escuro
O frio do nada que insiste em aparecer
Trato as feridas com areia da ampulheta
Lento, vagaroso, devagar, sem correr
Conto os dias e anoto numa caderneta
Este lugar que sempre foi o meu reduto
Com esta fogueira que não sustenta uma brasa
Mas ainda assim me sinto aqui mais seguro
Porque finalmente eu estou na minha casa
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Cores do Infinito
Paisagens verdes colorem os horizontes
O azul claro do céu é limpo e estonteante
Passo por planícies, depressões e montes
Meu limite é apenas o infinito distante
A visão que não se comporta no rosto
Vê o que existe mas também o que não
Se esbanja no sol frio de agosto
Lacrimeja sem piscar nesse clarão
O vento cálido espreita as orelhas rapidamente
Despenteia os cabelos sem nenhuma vergonha
Faz sentir essa sensação, ora frio, ora quente
Engrandece as cores com seu toque de cegonha
O cantar dos pássaros e da natureza a mil
Vem e volta na sua irregular dança inconstante
Sinaliza os tons de magenta, índigo, grená e anil
É como se todo tempo do mundo durasse um instante
Baldes de cores que se misturam sutilmente
A infinita vontade de abraça-las me deixa ranzinza
Gostaria de ter e sentir todas constantemente
Pra apagar a única cor que me preenche, o cinza
O azul claro do céu é limpo e estonteante
Passo por planícies, depressões e montes
Meu limite é apenas o infinito distante
A visão que não se comporta no rosto
Vê o que existe mas também o que não
Se esbanja no sol frio de agosto
Lacrimeja sem piscar nesse clarão
O vento cálido espreita as orelhas rapidamente
Despenteia os cabelos sem nenhuma vergonha
Faz sentir essa sensação, ora frio, ora quente
Engrandece as cores com seu toque de cegonha
O cantar dos pássaros e da natureza a mil
Vem e volta na sua irregular dança inconstante
Sinaliza os tons de magenta, índigo, grená e anil
É como se todo tempo do mundo durasse um instante
Baldes de cores que se misturam sutilmente
A infinita vontade de abraça-las me deixa ranzinza
Gostaria de ter e sentir todas constantemente
Pra apagar a única cor que me preenche, o cinza
terça-feira, 29 de julho de 2014
Mudanças Sutis
Imerso em minhas certezas inabaláveis
O deslizar das emoções cada vez maiores
Fluindo por vezes rápidas e voláteis
Incontroláveis
Perspicazes
Irrrrrrrrefreáveis
Fluxos fechados de válvula emergencial
Controle restabelecido com sucesso total
Não quero mais uma vez me danificar
Ao sempre, sempre, sempre me decepcionar
Mudamos as estações
Mudamos o jeito de escrever
Mudamos os gestos e sensações
Mudamos pra melhor, eu e você
O deslizar das emoções cada vez maiores
Fluindo por vezes rápidas e voláteis
Incontroláveis
Perspicazes
Irrrrrrrrefreáveis
Fluxos fechados de válvula emergencial
Controle restabelecido com sucesso total
Não quero mais uma vez me danificar
Ao sempre, sempre, sempre me decepcionar
Mudamos as estações
Mudamos o jeito de escrever
Mudamos os gestos e sensações
Mudamos pra melhor, eu e você
domingo, 27 de julho de 2014
Addicted
Por vezes o tempo parece não existir
Imaginando seu rosto cheio de você
A intimidade de duas essências a fluir
Quando apenas me esqueço à sua mercê
Seu sabor atípico a coçar em meus lábios
Anseio por saciar essa vontade incontrolável
Vejo filmes, procuro paisagens, quebro rádios
Nada me lembra sua presença tão afável
O toque sutil das marés de mãos se entrelaçando
Jogado ao lado estão meus móveis bagunçados
Minha porta aberta, a parede está amassando
Te beijo ao longe, anseio por nossos lábios
Encostados...
Entrelaçados...
Grudados...
Lacrados...
Amassos...
Meus e seus.
Arte por: Marionete
sábado, 26 de julho de 2014
Deitados
Quero fazer tudo com você
Sem precisar de nada ou ninguém
Apenas o encontro inexorável do ser
Olhando pro céu, indo mais além
E se eu me deixar nesse abrigo
Apenas me deitar nesse lugar
Você deitaria aqui comigo?
Sem nada com o que se preocupar?
Nunca soube muito bem
O que sinto dentro de meu peito
Há tempos não sentia isso por ninguém
Pra você meus medos, meus trejeitos
Esqueça o que já disseram em seu ouvido
O tempo passa rápido e os anos são segundos
Gostaria muito de ver seu jardim florido
Explodindo de vida e alegria, nossos mundos
E se eu me deitar nesse céu estrelado
Apenas me deitar sob esse luar tão profundo
Você viria e deitaria aqui do meu lado
Fecharia os olhos e esqueceria do mundo?
Inspiração original: Chasing Cars - Snow Patrol
Sem precisar de nada ou ninguém
Apenas o encontro inexorável do ser
Olhando pro céu, indo mais além
E se eu me deixar nesse abrigo
Apenas me deitar nesse lugar
Você deitaria aqui comigo?
Sem nada com o que se preocupar?
Nunca soube muito bem
O que sinto dentro de meu peito
Há tempos não sentia isso por ninguém
Pra você meus medos, meus trejeitos
Esqueça o que já disseram em seu ouvido
O tempo passa rápido e os anos são segundos
Gostaria muito de ver seu jardim florido
Explodindo de vida e alegria, nossos mundos
E se eu me deitar nesse céu estrelado
Apenas me deitar sob esse luar tão profundo
Você viria e deitaria aqui do meu lado
Fecharia os olhos e esqueceria do mundo?
Inspiração original: Chasing Cars - Snow Patrol
segunda-feira, 21 de julho de 2014
A Lua dos seus Olhos
A lua diminuiu diante de seus olhos
O escuro que nos cercava não assustava
O frio não mais congelou meus ossos
Pois seu calor ternamente me aconchegava
Procurei em suas imperfeições o pleno
O perfeito jamais me fascinou assim
Achei em suas qualidades meu acalento
Que este simples abraço não chegue ao fim
A lua continuava em sua eterna jornada
E as estrelas se revelavam em seu olhar
Além de você, eu já não via mais nada
Fascinado por alguém assim, encontrar
Assim como o céu tem sua infinitude
Sei que os momentos diferem distintamente
Mas nós também podemos ter nossa plenitude
Assim como a lua preenche o céu, diariamente
sábado, 19 de julho de 2014
Quando
Quando não se tem o que falar
E o que mais diz é apenas o olhar
Quando as preocupações preenchem
Mas os órgãos mais nada sentem
Quando a vontade de gritar é imensa
Para ouvidos moucos, sem ofensa
Quando a incapacidade dói infinitamente
E o peito anestesiado mais nada sente
Quando o toque é frio e vazio de tudo
E a luz se distancia, se escondendo no escuro
Quando os devaneios se perdem no luar
E a única vontade agora é de, com você, estar
E o que mais diz é apenas o olhar
Quando as preocupações preenchem
Mas os órgãos mais nada sentem
Quando a vontade de gritar é imensa
Para ouvidos moucos, sem ofensa
Quando a incapacidade dói infinitamente
E o peito anestesiado mais nada sente
Quando o toque é frio e vazio de tudo
E a luz se distancia, se escondendo no escuro
Quando os devaneios se perdem no luar
E a única vontade agora é de, com você, estar
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Le Vin
Encontros intensos que se constroem
Nos ínfimos detalhes que mal percebemos
Sentimentos que finalmente não me corroem
Me inebrio com nossos breves momentos
As ondulações retilíneas sentidas no tato
Subindo e descendo numa dança sem fim
Se faz sentir num calor oscilante e exato
Preenchem meu vazio cálice de marfim
O suado brilho da garrafa de sensações
Se derrama levemente em sua pele clara
As incongruências cedem espaço a padrões
Coração que bate forte e jamais para
Olhares vívidos em conversas silenciosas
É incrível como nunca se cansam de ver
O profundo poço de histórias e memórias
De seus olhos, de nossas vidas, de você
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Merecida Calmaria
O vento leste sopra forte como nunca
A vida corre, se atropela e embaraça
A cada novo dia resido em espeluncas
Na viagem rumo à derradeira desgraça
Até quando essa pressa vai me possuir?
Parece que não tenho valor algum em meu ser
Me vejo num castelo que está prestes a ruir
E numa dessas curvas da vida, eu vi você
Em cada estrada separada nossas vidas caminhavam
A turbulência e atropelos insistiam em nos deixar loucos
Mas ao entrelaçar nossos passos vi que eles recuavam
E davam espaço para um sentimento puro, para poucos
Essa calmaria que seu calor traz para o meu
Nossas distâncias reduzidas a abraços apertados
Ouço o silêncio dos meus carinhos nos seus
Não me imaginava tão calmo, tão relaxado
As horas se convertem em rápidos segundos
Vejo o tempo passar rápido olhando para você
Nosso despojar de tudo parece de outro mundo
Com você sinto a calmaria merecida do meu ser
A vida corre, se atropela e embaraça
A cada novo dia resido em espeluncas
Na viagem rumo à derradeira desgraça
Até quando essa pressa vai me possuir?
Parece que não tenho valor algum em meu ser
Me vejo num castelo que está prestes a ruir
E numa dessas curvas da vida, eu vi você
Em cada estrada separada nossas vidas caminhavam
A turbulência e atropelos insistiam em nos deixar loucos
Mas ao entrelaçar nossos passos vi que eles recuavam
E davam espaço para um sentimento puro, para poucos
Essa calmaria que seu calor traz para o meu
Nossas distâncias reduzidas a abraços apertados
Ouço o silêncio dos meus carinhos nos seus
Não me imaginava tão calmo, tão relaxado
As horas se convertem em rápidos segundos
Vejo o tempo passar rápido olhando para você
Nosso despojar de tudo parece de outro mundo
Com você sinto a calmaria merecida do meu ser
domingo, 13 de julho de 2014
Receios
Os minutos se transformaram em segundos
Enquanto sua voz soava e ressoava em mim
Parecia o encontro suspeito de dois mundos
Inquietos diante daquele cheiro de jasmim
Minhas mãos inquietas se segurando para não
Seus olhos incisivos talvez me pedindo que sim
Meu receio me mantendo parado no chão
Talvez tivéssemos que ficar perto assim
O tempo parece muito curto enquanto juntos
O ontem não para de incomodar o presente
Por mais que viajemos pelos mais diversos assuntos
O perto do longe me traz esse seu toque quente
Talvez eu tivesse me segurado um pouco demais
Entre as poucas qualidades não se encontra o cortejo
Espero que essa vontade passe ou que não cresça mais
Aquela vontade forte de sentir o gosto do seu beijo
Enquanto sua voz soava e ressoava em mim
Parecia o encontro suspeito de dois mundos
Inquietos diante daquele cheiro de jasmim
Minhas mãos inquietas se segurando para não
Seus olhos incisivos talvez me pedindo que sim
Meu receio me mantendo parado no chão
Talvez tivéssemos que ficar perto assim
O tempo parece muito curto enquanto juntos
O ontem não para de incomodar o presente
Por mais que viajemos pelos mais diversos assuntos
O perto do longe me traz esse seu toque quente
Talvez eu tivesse me segurado um pouco demais
Entre as poucas qualidades não se encontra o cortejo
Espero que essa vontade passe ou que não cresça mais
Aquela vontade forte de sentir o gosto do seu beijo
segunda-feira, 30 de junho de 2014
Rios de Lembranças Estelares
Lembranças me inundam como um rio
Sua voz, por vezes rouca, sussurrava baixo
Parecia que andávamos sempre por um fio
Prestes a cair no esquecimento logo abaixo
Hoje já não ouço mais seu respirar
Já não sinto mais o seu toque caloroso
Saudoso, lembro de seu lindo olhar
É sempre tão bom, mas também tão doloroso
Parece que ontem estávamos juntos em casa
Mas quando reparo, vejo que os anos correram
Em meu peito ainda se sustenta uma leve brasa
Com a velocidade, os anos se comprometeram
Duas vidas interrompidas sem precedente
Como gostaria de estar contigo nesse momento
Mas todos aqueles meses passaram tão de repente
É difícil superar esse profundo desalento
De todos olhos que já olhei e apreciei
O único par que pude olhar o lado mais íntimo
Foram seus dois olhos castanhos, eu sei
Juntos aos meus poderiam ser os últimos
Porque essa ferida insiste em doer assim?
Você foi pra mim o que ninguém conseguiu ser
Ainda é mais do que já foi perto do fim
Mas essa dor não some, essa falta de você
Inexoravelmente sei que jamais irá voltar
Não consigo achar em ninguém nada de você
Nem mesmo um décimo do queria experimentar
Parece que para mim só foi feito um único ser
Ver nossas memórias tão escancaradas assim
Como se o ontem queimasse naquelas centelhas
Me pego pensando 'e se não tivesse chegado um fim?'
Será que eu ainda falaria que a culpa é das estrelas?
Sua voz, por vezes rouca, sussurrava baixo
Parecia que andávamos sempre por um fio
Prestes a cair no esquecimento logo abaixo
Hoje já não ouço mais seu respirar
Já não sinto mais o seu toque caloroso
Saudoso, lembro de seu lindo olhar
É sempre tão bom, mas também tão doloroso
Parece que ontem estávamos juntos em casa
Mas quando reparo, vejo que os anos correram
Em meu peito ainda se sustenta uma leve brasa
Com a velocidade, os anos se comprometeram
Duas vidas interrompidas sem precedente
Como gostaria de estar contigo nesse momento
Mas todos aqueles meses passaram tão de repente
É difícil superar esse profundo desalento
De todos olhos que já olhei e apreciei
O único par que pude olhar o lado mais íntimo
Foram seus dois olhos castanhos, eu sei
Juntos aos meus poderiam ser os últimos
Porque essa ferida insiste em doer assim?
Você foi pra mim o que ninguém conseguiu ser
Ainda é mais do que já foi perto do fim
Mas essa dor não some, essa falta de você
Inexoravelmente sei que jamais irá voltar
Não consigo achar em ninguém nada de você
Nem mesmo um décimo do queria experimentar
Parece que para mim só foi feito um único ser
Ver nossas memórias tão escancaradas assim
Como se o ontem queimasse naquelas centelhas
Me pego pensando 'e se não tivesse chegado um fim?'
Será que eu ainda falaria que a culpa é das estrelas?
sábado, 28 de junho de 2014
Onde está seu Verde?
O vento sempre me lembra você
Rápido, intenso, intocável e fluido
Traz aquele aroma seu ao amanhecer
Apenas aprecio com leveza e descuido
Te procuro sem nem te procurar
Mas mesmo assim eu ainda tento
Espero que não esteja a me evitar
Isso só aumentaria meu desalento
Porque seu verde está sempre aqui?
Estou sempre para outras cores a olhar
Azuis, caramelos, castanhos, laranja caqui
Mas nenhum deles se iguala ao teu verde mar
Na verdade eu só queria duas coisas pra variar
Uma delas é sentir teu abraço no meu a se apertar
Para sentir seu coração junto ao meu a palpitar
E por fim sentir seu perfume, preenchendo meu ar
Rápido, intenso, intocável e fluido
Traz aquele aroma seu ao amanhecer
Apenas aprecio com leveza e descuido
Te procuro sem nem te procurar
Mas mesmo assim eu ainda tento
Espero que não esteja a me evitar
Isso só aumentaria meu desalento
Porque seu verde está sempre aqui?
Estou sempre para outras cores a olhar
Azuis, caramelos, castanhos, laranja caqui
Mas nenhum deles se iguala ao teu verde mar
Na verdade eu só queria duas coisas pra variar
Uma delas é sentir teu abraço no meu a se apertar
Para sentir seu coração junto ao meu a palpitar
E por fim sentir seu perfume, preenchendo meu ar
terça-feira, 17 de junho de 2014
Talvez tenha falado
Já te disse tudo que não pretendia
porque o que falei não era pra ser dito
Mas enquanto te falava caía o dia
e a noite chegava me deixando aflito
Falava enquanto o silêncio reinava
Inquietos, meus lábios se moviam
Mas deles a falação não parava
Enquanto os teus, eles silenciam
Falatórios que imaginava na alma
Uma fala que sempre quis falar
Falei mas não falei sem calma
Falei que sempre quis te amar
porque o que falei não era pra ser dito
Mas enquanto te falava caía o dia
e a noite chegava me deixando aflito
Falava enquanto o silêncio reinava
Inquietos, meus lábios se moviam
Mas deles a falação não parava
Enquanto os teus, eles silenciam
Falatórios que imaginava na alma
Uma fala que sempre quis falar
Falei mas não falei sem calma
Falei que sempre quis te amar
sexta-feira, 13 de junho de 2014
Ainda Não Sei
Não sei uma maneira de te conquistar
Não sei ser o cara que você fica a sonhar
Não sei o que te faz feliz e sempre te agrada
Não sei te fazer sorrir sem precisar de uma charada
Não sei te fazer querer estar sempre comigo
Não sei se nossos pensamentos são contíguos
Não sei se talvez iríamos dar certo
Não sei de muitas coisas do seu universo
Só sei que gosto muito de você
Como fazer você sentir?
Como fazer você entender?
Que quero ser o melhor que posso por ti
Que em meus braços você não iria sofrer
Sei que se te falasse abertamente você recusaria
Entendo perfeitamente, pois isso seria um processo
Não quero errar porque sua distância eu não suportaria
Queria que fosse tão natural como a criação do universo...
Arte por: Charles M. Schulz
quinta-feira, 12 de junho de 2014
No Final
Sua cabeça repousa junto a minha
Seu ombro pressiona meu braço de leve
Sua mão em minha mão faz carícia
Seu respirar em meu ar me faz alegre
Seu coração palpita enquanto junto ao meu
Seu calor perpassa meu corpo rapidamente
Sua voz me inebria e me vejo no apogeu
Seu amor me preenche, me toca, me sente
As cenas se passam lentas e não ouvi nada
Esse escuro que nos envolve lembra nós dois
Nem mais sei se é refrigerante ou limonada
Eu sei que irá me contar tudo depois
Nesse tal filme de romance
Você não tem igual
Antes que o público se canse
Você me beija no final?
Arte e inspiração original por: Infinito Particular
terça-feira, 10 de junho de 2014
Assim te Vejo
Meras ilustrações que reaparecem
Em seu rosto o sorriso brilha
Com os olhos pensantes que sentem
Me esbanjo em você, coloco pilha
Linhas fluídas e sempre evanescentes
De sua pessoa como um todo total
Ambiguidades sempre escondidas, nada aparentes
Como não houvesse nada no mar, nem o sal
Um sorriso fácil e muito encabulado
Um rosto afável e envergonhado, avermelhado
Como seus cabelos de medida a adornar
Sua beleza como a noite se encobre do luar
Em seu rosto o sorriso brilha
Com os olhos pensantes que sentem
Me esbanjo em você, coloco pilha
Linhas fluídas e sempre evanescentes
De sua pessoa como um todo total
Ambiguidades sempre escondidas, nada aparentes
Como não houvesse nada no mar, nem o sal
Um sorriso fácil e muito encabulado
Um rosto afável e envergonhado, avermelhado
Como seus cabelos de medida a adornar
Sua beleza como a noite se encobre do luar
segunda-feira, 2 de junho de 2014
De Vida à Morte
Aprendendo a caminhar, ó pequeno?
Seus primeiros passos a desenrolar
Andaste, agora, neste clima ameno
Já é hora de não mais engatinhar
Onde vai com tanta pressa, ó jovem?
Parece estar sempre a correr solto
Rápido neste clima turbulento você vem
E vai como se o tempo fosse pelo esgoto
Ainda sentado neste banco, ó seu moço?
Aprendeste que a pressa nem sempre convém
Com passos inseguros num clima sem alvoroço
Começa a pensar naquilo que vai e que vem
Acomodaste seu ser por aí, ó senhor?
A graça de aproveitar a vida em seu tempo
Caminhadas leves e seguras nesse dia de calor
Conhece os pormenores como num passatempo
Estar a definhar ainda por aí, ó ancião?
O fim se aproxima e a lembrança é memorável
Já não mais caminha ao sol, mas vê a palma da mão
O que já passou retorna, e o que passará é volátil
Cansada de seu redemoinho, ó vida?
Quando tudo é escuro e já não existe norte
No por do sol não importa débito, nem dívida
Quando se transforma em nada, ó morte
domingo, 1 de junho de 2014
Pros Teus Olhos Verdes
Engraçado como você é pra mim
Por vezes apenas uma ótima amiga
Mas noutras parece usar marfim
Enquanto ouço aquela cantiga
Que me embalou enquanto sonhava
Num provável desfecho inusitado
Sorria lembrando enquanto cantava
Te amava, mesmo sabendo que era errado
Mas hoje tomamos caminhos diferentes
Poderia ter ido embora de vez, mas não
Sempre te darei meu sorriso cheio de dentes
Quiçá pudesse expressar minha gratidão
Por vezes apenas uma ótima amiga
Mas noutras parece usar marfim
Enquanto ouço aquela cantiga
Que me embalou enquanto sonhava
Num provável desfecho inusitado
Sorria lembrando enquanto cantava
Te amava, mesmo sabendo que era errado
Mas hoje tomamos caminhos diferentes
Poderia ter ido embora de vez, mas não
Sempre te darei meu sorriso cheio de dentes
Quiçá pudesse expressar minha gratidão
sábado, 31 de maio de 2014
Aposentada Arma
De minha arma nenhum disparo
Jamais a erguerei novamente
Meu sentimento será mais raro
Nenhuma munição em meu pente
Cansado, meu braço está de se erguer
Sem nenhuma mísera recompensa
Parece que jamais a irei receber
Por tentar promover minha existência
Jamais escutarão o estampido
Alto e em bom som de meu disparo
Quem sabe a luta termine sem tiro
Quem sabe eu continue solitário
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Outro Eu
Não consigo ser
Outro que não eu
Não sei me ver
Com um olhar que não é meu
Eu, que por inocência agi
Sem saber que incomodava
Nem no começo ou no fim
Apenas fui eu que lhe falava
Tão diminuto em meu ser
Me vejo em meio a realezas
Meu eu plebeu tentou crescer
E não vi tamanhas proezas
Logo eu, que alheio de tudo estava
Sem perceber, pareci muito alto
Logo eu, que de golpes me abaixava
Me vi jogado, a pouco caso, no asfalto
Tão difícil não ser apenas eu
Outra pessoa que não este
Simples, reles, plebeu
Em meio a realezas de enfeite
Ouvindo: Carly Comando - Everyday
Inspiração Original: Fernando Pessoa - Poema em Linha Reta
Outro que não eu
Não sei me ver
Com um olhar que não é meu
Eu, que por inocência agi
Sem saber que incomodava
Nem no começo ou no fim
Apenas fui eu que lhe falava
Tão diminuto em meu ser
Me vejo em meio a realezas
Meu eu plebeu tentou crescer
E não vi tamanhas proezas
Logo eu, que alheio de tudo estava
Sem perceber, pareci muito alto
Logo eu, que de golpes me abaixava
Me vi jogado, a pouco caso, no asfalto
Tão difícil não ser apenas eu
Outra pessoa que não este
Simples, reles, plebeu
Em meio a realezas de enfeite
Ouvindo: Carly Comando - Everyday
Inspiração Original: Fernando Pessoa - Poema em Linha Reta
domingo, 18 de maio de 2014
Sorrisos Para Dentro do Coração
Serão sorrisos breves e raros
Todas nulas, as brincadeiras serão
Serão assim para mim muito caros
Meus sorrisos para dentro do coração
Pela primeira vez um sorriso
A várias pessoas incomodou
Talvez não tenha sido preciso
Para acharem que ele ostentou
Seria a seriedade um sinônimo?
De coesão, velhice e maturidade
Porque não me valer de um antônimo
para ser um sorriso de posteridade?
Serão sorrisos efêmeros e curtos
Todas nulas, as gracinhas serão
Serão assim para mim profundos
Meus sorrisos para dentro do coração
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Estou Farto
Estou farto de não poder
Nem ao menos chegar perto
As conversas limitadas do ser
Minha alma de peito aberto
Farto de não segurar sua mão
Acariciar seus cabelos lisos
Te acolher no colo e sentar no chão
Sussurrar amores, sorrisos e elogios
E assim sigo totalmente farto
De saber que você é carente também
E sozinha apaga a luz do quarto
Com medo de comigo ir além
Nem ao menos chegar perto
As conversas limitadas do ser
Minha alma de peito aberto
Farto de não segurar sua mão
Acariciar seus cabelos lisos
Te acolher no colo e sentar no chão
Sussurrar amores, sorrisos e elogios
E assim sigo totalmente farto
De saber que você é carente também
E sozinha apaga a luz do quarto
Com medo de comigo ir além
terça-feira, 13 de maio de 2014
Olhares
Olhares que se encontram
Se recompõe e voltam a olhar
Ás vezes se desencontram
Anseio por aquele outro par
Olhares que sempre insistem
Muito sagazes para perceber
Impactantes, causam vertigem
De tão forte o ardor em meu ser
Olhares que gostariam de falar
Falar o que o brilho não diz
Aquela vontade de ser e ficar
A luz de velas branco giz
Olhares que lembram de ontem
Sai de seu recanto e dispara
Uma bala que fere quem tem
Lembranças de outra alma
Olhares que mostram mais
Um breve retrospecto de amores
Prazeres, impulsos primais
Desfeitas, cicatrizes, ardores
Olhares que gostaria de não ter
Cego diante das possibilidades
Olhares que desejo ver em você
Junto ao meu, nossas afetividades
Se recompõe e voltam a olhar
Ás vezes se desencontram
Anseio por aquele outro par
Olhares que sempre insistem
Muito sagazes para perceber
Impactantes, causam vertigem
De tão forte o ardor em meu ser
Olhares que gostariam de falar
Falar o que o brilho não diz
Aquela vontade de ser e ficar
A luz de velas branco giz
Olhares que lembram de ontem
Sai de seu recanto e dispara
Uma bala que fere quem tem
Lembranças de outra alma
Olhares que mostram mais
Um breve retrospecto de amores
Prazeres, impulsos primais
Desfeitas, cicatrizes, ardores
Olhares que gostaria de não ter
Cego diante das possibilidades
Olhares que desejo ver em você
Junto ao meu, nossas afetividades
sábado, 10 de maio de 2014
Saudosas Pegadas na Areia
Vou caminhando sozinho junto ao mar
Meus passos na areia marcados firmes
O sol que não esquenta meu respirar
A brisa inexistente como nos filmes
Aos meus olhos tudo é cinza e chato
Com você era tão colorido e legal
Nem mesmo meu amado artesanato
Nem mesmo o sabor da água de sal
Nada me faz aprender a conviver
Com a constante dor de lembrar
O cotidiano por vezes me faz esquecer
Mas quase sempre me pego a recordar
Vejo minhas pegadas atrás de mim
Imagino a suas pequenas comigo
Mas sozinho hoje sigo sem um fim
Sem um teto, sem um abrigo
Por vezes vejo pegadas por perto
Mas que nunca se aproximam de mim
Estou aqui a caminhar de peito aberto
Saudoso de pesar por você não estar aqui
Meus passos na areia marcados firmes
O sol que não esquenta meu respirar
A brisa inexistente como nos filmes
Aos meus olhos tudo é cinza e chato
Com você era tão colorido e legal
Nem mesmo meu amado artesanato
Nem mesmo o sabor da água de sal
Nada me faz aprender a conviver
Com a constante dor de lembrar
O cotidiano por vezes me faz esquecer
Mas quase sempre me pego a recordar
Vejo minhas pegadas atrás de mim
Imagino a suas pequenas comigo
Mas sozinho hoje sigo sem um fim
Sem um teto, sem um abrigo
Por vezes vejo pegadas por perto
Mas que nunca se aproximam de mim
Estou aqui a caminhar de peito aberto
Saudoso de pesar por você não estar aqui
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Te Observo
Quão complicado seria descrever
Qualidades tão simples ou complexas
Completamente mutável em seu ser
Embora não sejam nada desconexas
Poderia falar de qualidades visíveis
Ou, como prefiro, as que estão dentro
Meus olhos ainda tão sensíveis
Diante de tão formoso monumento
Será que crio muitas expectativas?
Sei que hoje não me decepcionaria
Tantas tristezas, humildes e altivas
Bravo tormento, pacífica calmaria
Te observo e vejo um raro prisma
Seus ângulos indiretos e irregulares
Cada raio de luz em suas facetas cisma
Em ser diferente, ímpares, sem pares
Quem sabe um dia irei conhecer
O que observei e ainda observo
Passaria todos meus dias a te ver
Apenas para nunca te entender
Qualidades tão simples ou complexas
Completamente mutável em seu ser
Embora não sejam nada desconexas
Poderia falar de qualidades visíveis
Ou, como prefiro, as que estão dentro
Meus olhos ainda tão sensíveis
Diante de tão formoso monumento
Será que crio muitas expectativas?
Sei que hoje não me decepcionaria
Tantas tristezas, humildes e altivas
Bravo tormento, pacífica calmaria
Te observo e vejo um raro prisma
Seus ângulos indiretos e irregulares
Cada raio de luz em suas facetas cisma
Em ser diferente, ímpares, sem pares
Quem sabe um dia irei conhecer
O que observei e ainda observo
Passaria todos meus dias a te ver
Apenas para nunca te entender
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Apenas Por Ser Você
São breves sorrisos que dou com você
Me fazem melhor, me fazem esquecer
Quantas músicas mal tocadas já enviei
Vendo em ti algo que jamais esperei
Vi em teus olhos um pouco de tudo
Sentei ao seu lado sem medo do escuro
Contigo eu até esqueci de sofrer
Esqueci de lembrar, esqueci de morrer
Em cada piada sem graça que contamos
O tempo acelera e quase não notamos
Deste colchão macio que me deito agora
Só me resta o receio de que vá embora
Agradeço por ser você em minha existência
Potencializadora, sem nenhuma incogruência
Me fazem melhor, me fazem esquecer
Quantas músicas mal tocadas já enviei
Vendo em ti algo que jamais esperei
Vi em teus olhos um pouco de tudo
Sentei ao seu lado sem medo do escuro
Contigo eu até esqueci de sofrer
Esqueci de lembrar, esqueci de morrer
Em cada piada sem graça que contamos
O tempo acelera e quase não notamos
Deste colchão macio que me deito agora
Só me resta o receio de que vá embora
Agradeço por ser você em minha existência
Potencializadora, sem nenhuma incogruência
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Incongruentes Devaneios Desconexos
Empíricos devaneios fantasiosos
Me assolam com carinho sutil
Acrescentam ao sair vagarosos
De meus dedos, meus olhos a mil
Calorosas ideias congeladas
Se moldam durante o desfalecer
Juntando as fatias separadas
Completando meu eterno desfazer
Rubros pensamentos negros
Emergem enquanto retraem
Mostrando sua força que esconde
Sentimentos cheios que se esvaem
Ó grande dor que me aconchega
Porque bate assim tão levemente?
Vejo luzes tão fortes que me cega
Sou eu culpado de ser inocente?
Perdido, me acho sem saber o que vem
Sem reações, me apoio em meus reflexos
Tento desconhecer o que conheço muito bem
estes incongruentes devaneios desconexos
Me assolam com carinho sutil
Acrescentam ao sair vagarosos
De meus dedos, meus olhos a mil
Calorosas ideias congeladas
Se moldam durante o desfalecer
Juntando as fatias separadas
Completando meu eterno desfazer
Rubros pensamentos negros
Emergem enquanto retraem
Mostrando sua força que esconde
Sentimentos cheios que se esvaem
Ó grande dor que me aconchega
Porque bate assim tão levemente?
Vejo luzes tão fortes que me cega
Sou eu culpado de ser inocente?
Perdido, me acho sem saber o que vem
Sem reações, me apoio em meus reflexos
Tento desconhecer o que conheço muito bem
estes incongruentes devaneios desconexos
terça-feira, 29 de abril de 2014
Estaca Zero
No começo é onde está o fim
O início de um novo ciclo
O terminar sem um festim
Me renovo, me reciclo
Decido não recomeçar
Mas voltar à estaca zero
Onde é mais fácil tolerar
Esse amargor tão sincero
Voltar às origens e ao começo
Dar uma nova chance ao amor
Quiçá ele brilhe com apreço
E me preencha com seu calor
Começar portanto de onde tudo é bom
E não remoer dores que insistem em doer
Esquecer das marcas e ouvir aquele som
Que ouvi à luz das estrelas enquanto esquecia você
O início de um novo ciclo
O terminar sem um festim
Me renovo, me reciclo
Decido não recomeçar
Mas voltar à estaca zero
Onde é mais fácil tolerar
Esse amargor tão sincero
Voltar às origens e ao começo
Dar uma nova chance ao amor
Quiçá ele brilhe com apreço
E me preencha com seu calor
Começar portanto de onde tudo é bom
E não remoer dores que insistem em doer
Esquecer das marcas e ouvir aquele som
Que ouvi à luz das estrelas enquanto esquecia você
domingo, 27 de abril de 2014
Imagens
Imagens se compõe e se desfazem
Diante de meus olhos desatentos
Lembranças e deslembranças saem
Em turbilhões de fatos e momentos
Encontros que ainda estou por fazer
E outros que já foram há tempos feitos
Esbarros casuais e intencionais do ser
Agenciamentos incompletos, imperfeitos
Fecho os olhos e vejo o que desejo
Seu pescoço junto a meu respirar
Encontro que ainda apenas almejo
Mas que já me faz perder o ar
Estas imagens incessantes e explosivas
Como anseio para que sejam mais reais
Minha ansiedade queima forte, lasciva
Quando lembro de seus aromas florais
sábado, 26 de abril de 2014
Que Queima?
Duma brincadeira banal
Algo surge queimando em mim
Possibilidade as vezes sem sal
Mas que me balançou, enfim
Como eu poderia me deixar levar
Por teus olhos redondos e belos
Aquela cor que me lembra o mar
Tão chamativos quanto discretos
Olhos estes que escondem tristezas
Talvez experiências não muito agradáveis
Mas que ousam brilhar nas clarezas
Dos teus olhos pensativos e afáveis
Seus cabelos esvoaçando soltos
Indicando sua essência vital
O ir e vir dos ventos de Agosto
Como não apreciar beleza tal?
Como eu poderia me deixar levar
Por um sorriso tão incrível assim
Seria um eterno palhaço a brincar
Para, todos dias, ter seu sorriso pra mim
Suas atitudes comedidas de quem conhece
Que a vida não abre brechas nem portas
A experiência de uma vida e ainda cresce
Sempre se esbaldando em todas as respostas
Sua voz carinhosa, agradável e melodiosa
Quiçá meus ouvidos pudessem se deleitar
Ouvir tua voz como quem cheira uma rosa
Uma dádiva tão incrível que chego a duvidar
Por mais que aprecie seu incrível ser
Ainda não sinto tudo isso palpável
Pareço não saber o que fazer
Sentimento bobo e desagradável
Sei que talvez seu espírito de liberdade
Possa não caminhar com meu quieto
Mas porque não tentar superar a saudade
E tentar ser teu, você minha, algo concreto?
Algo surge queimando em mim
Possibilidade as vezes sem sal
Mas que me balançou, enfim
Como eu poderia me deixar levar
Por teus olhos redondos e belos
Aquela cor que me lembra o mar
Tão chamativos quanto discretos
Olhos estes que escondem tristezas
Talvez experiências não muito agradáveis
Mas que ousam brilhar nas clarezas
Dos teus olhos pensativos e afáveis
Seus cabelos esvoaçando soltos
Indicando sua essência vital
O ir e vir dos ventos de Agosto
Como não apreciar beleza tal?
Como eu poderia me deixar levar
Por um sorriso tão incrível assim
Seria um eterno palhaço a brincar
Para, todos dias, ter seu sorriso pra mim
Suas atitudes comedidas de quem conhece
Que a vida não abre brechas nem portas
A experiência de uma vida e ainda cresce
Sempre se esbaldando em todas as respostas
Sua voz carinhosa, agradável e melodiosa
Quiçá meus ouvidos pudessem se deleitar
Ouvir tua voz como quem cheira uma rosa
Uma dádiva tão incrível que chego a duvidar
Por mais que aprecie seu incrível ser
Ainda não sinto tudo isso palpável
Pareço não saber o que fazer
Sentimento bobo e desagradável
Sei que talvez seu espírito de liberdade
Possa não caminhar com meu quieto
Mas porque não tentar superar a saudade
E tentar ser teu, você minha, algo concreto?
Luzes da Cidade
Em meus devaneios perdidos apenas aprecio
As luzes fixas que se movem em uma dança
A beleza da cidade a iluminar meu vazio
Um sentimento a fogo lento que não avança
Os prédios iluminados como miniaturas
Quase me entendem em sua essência
A distância que não minimiza as amarguras
De um coração arredio diante das exigências
O sol se vai e deixa apenas esses pontos
A vida se retorce e contorce tentando viver
Essas luzes da cidade parecem velhos contos
Onde existe a esperança de tudo acontecer
A distância que não minimiza as amarguras
De um coração arredio diante das exigências
O sol se vai e deixa apenas esses pontos
A vida se retorce e contorce tentando viver
Essas luzes da cidade parecem velhos contos
Onde existe a esperança de tudo acontecer
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Pétalas ao Chão
Jazem esquecidas, as flores
Perpétuas em sua essência
Mas apenas esquecidos amores
Esperam, talvez, com paciência
Perdidas em caminhos tortuosos
Se deitam inconsoláveis em pranto
Porque estes olhos leitosos?
Cegos em desespero, sem acalanto
Paradas, com suas pétalas ao chão
Ignóbeis em sua infinita deslembrança
Anseiam por um pouco mais de coração
Mais amor, para alimentar a esperança
Perpétuas em sua essência
Mas apenas esquecidos amores
Esperam, talvez, com paciência
Perdidas em caminhos tortuosos
Se deitam inconsoláveis em pranto
Porque estes olhos leitosos?
Cegos em desespero, sem acalanto
Paradas, com suas pétalas ao chão
Ignóbeis em sua infinita deslembrança
Anseiam por um pouco mais de coração
Mais amor, para alimentar a esperança
segunda-feira, 17 de março de 2014
Matemática do teu Abraço
O teu abraço no meu quando
O meu abraço no teu sempre
Somou nossos corações amando
Me fez rir em teu pescoço quente
Matematizei o carinho teu
Preciso no mínimo de um abraço
Para reabastecer meu eu
Teu sorriso, teu amasso
Meu sorriso, meu aperto
Meu coração ressoando
Teu coração no meu peito
Como é bom estar te amando
Tirinha por: Venes Caitano
sábado, 15 de março de 2014
Aquela que você não ouvirá
Sabe aquela lembrança boa que me deu?
Aqui ela rendeu um pouco mais que pretendia
Momentos que só sabe o coração que viveu
Toda aquela irreverência, toda aquela alegria
Tentei versar os sentimentos emaranhados
Mas enquanto escrevia uma melodia se fez
Juntei pedaços soltos, perdidos e largados
Uma música para mim e para você, talvez
Aquela música melodiosa que não fala
É daquelas que apenas se sente, pura emoção
Mas que hoje se fecha, se limita e se cala
A música que você não ouvirá em teu coração
sábado, 1 de março de 2014
Inquietudes
São coisas que vem novamente
Não se sabe ao certo a origem
Mas vem assim de repente
As vezes causa até uma vertigem
Sensações que traem a percepção
Não se prende e não se controla
Apenas rola e deita no chão
Simples, sem terno nem cartola
Parece que voltam diferentes
Não é aquela chama incontrolável
Mas apenas um desejo insaciável
De sentir e morder teus lábios quentes
Não se sabe ao certo a origem
Mas vem assim de repente
As vezes causa até uma vertigem
Sensações que traem a percepção
Não se prende e não se controla
Apenas rola e deita no chão
Simples, sem terno nem cartola
Parece que voltam diferentes
Não é aquela chama incontrolável
Mas apenas um desejo insaciável
De sentir e morder teus lábios quentes
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Pobre Procura
Já não sabia o que procurar
Ainda assim não desviou o olhar
Pensou que talvez fosse achar
Aquilo que fosse lhe acalmar
Procurou nas profundezas do mar
Mas ali não havia onde navegar
Procurou no azul do céu, o ar
Mas ali já não conseguia respirar
Procurou sem nem saber o que procurar
Mas continuou a repetir: Vou achar!
Procurou e ainda tenta encontrar
Sem nada achar, segue a caminhar
Ainda assim não desviou o olhar
Pensou que talvez fosse achar
Aquilo que fosse lhe acalmar
Procurou nas profundezas do mar
Mas ali não havia onde navegar
Procurou no azul do céu, o ar
Mas ali já não conseguia respirar
Procurou sem nem saber o que procurar
Mas continuou a repetir: Vou achar!
Procurou e ainda tenta encontrar
Sem nada achar, segue a caminhar
domingo, 26 de janeiro de 2014
O que é isso aqui?
Escrevi, reescrevi, apaguei, desisti
Porque não consigo versar esse sentimento?
Tentei apalpar e com minhas mãos revesti
Mas sempre me escapa esse meu desalento
Compartilho minha solidão comigo mesmo
Um aperto que segura meu coração apertado
Nada vejo, não sei o que acontece nesse ermo
De sentimentos vazios e silêncio exacerbado
Procurei, nada achei
Parei, nada senti
Esperei, não chorei
Pensei, o que é isso aqui?
sábado, 25 de janeiro de 2014
Meu Eu e Eu
Não quero amarguras doces em meus ouvidos
Não desejo de ninguém, nada acima de tudo
Não preciso me ancorar em sentimentos omitidos
Não faço da minha morada apenas meu escuro
Sim, me contento em minha solidão movimentada
Sim, meu eu basta por hora, nunca foi diferente...
Sim, quero ver o sol no primeiro raio da alvorada
Sim, viagens inesperadas que só sabe quem sente
Não espero que as coisas sempre deem certo
Sim, a vontade de apenas existir e nada responder
Não quero olhares falsos, nem falsos amigos perto
Sim, meu eu basta por hora, nunca foi diferente...
E nem vai ser
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Sorriso Efêmero
Hoje pensei em você e como seria seu sorriso
Foi bem rápido, quase não lembrei da sensação
Mas deu uma mexida na poeira aqui do piso
Como o vento que entra e logo sai de supetão
Sozinho apreciei o céu nublado e tempestuoso
Este barulho de chuva me traz tanta paz
Memórias rápidas como um caminho sinuoso
Vai e vem, memória rápida, impactante e sagaz
Seu sorriso me veio das nuvens chorosas
Vi ele aberto e sincero, inteiro para mim
Seus lábios mais belos que um mar de rosas
Se desfez à distância enquanto a chuva via seu fim
Assim como aquele vento você se foi tão rápido
Meu belo sorriso amado, sonhado e desejado
Sensações guardadas novamente no armário
Seguindo meu caminho apenas, continuo isolado
Foi bem rápido, quase não lembrei da sensação
Mas deu uma mexida na poeira aqui do piso
Como o vento que entra e logo sai de supetão
Sozinho apreciei o céu nublado e tempestuoso
Este barulho de chuva me traz tanta paz
Memórias rápidas como um caminho sinuoso
Vai e vem, memória rápida, impactante e sagaz
Seu sorriso me veio das nuvens chorosas
Vi ele aberto e sincero, inteiro para mim
Seus lábios mais belos que um mar de rosas
Se desfez à distância enquanto a chuva via seu fim
Assim como aquele vento você se foi tão rápido
Meu belo sorriso amado, sonhado e desejado
Sensações guardadas novamente no armário
Seguindo meu caminho apenas, continuo isolado
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Pó
Sinceramente, permita-me mentir
Estou aqui hoje mas também não
Subindo os caminhos, me vejo cair
Naquele vazio escuro como claridão
As cores se foram e uma está pintada
O calor incomoda neste frio asmático
Já não pretendo mais pretender nada
O cinza colore o Aquarela monocromático
Gotas de chuva caem céu acima
O som ensurdecedor que tudo silencia
Indo para longe vejo que se aproxima
Aquela quentura que me arrefecia
Ambíguos agenciamentos loucos
O rebuliço de encontros em um só
Grito verdades num ouvido mouco
O um é todos, e todos é apenas pó
Estou aqui hoje mas também não
Subindo os caminhos, me vejo cair
Naquele vazio escuro como claridão
As cores se foram e uma está pintada
O calor incomoda neste frio asmático
Já não pretendo mais pretender nada
O cinza colore o Aquarela monocromático
Gotas de chuva caem céu acima
O som ensurdecedor que tudo silencia
Indo para longe vejo que se aproxima
Aquela quentura que me arrefecia
Ambíguos agenciamentos loucos
O rebuliço de encontros em um só
Grito verdades num ouvido mouco
O um é todos, e todos é apenas pó
sábado, 11 de janeiro de 2014
Formal Diálogo Informal
A erudição rasga ouvidos lascivos
Adentra recintos requintados, restritos
Palavras cunhadas nos montes mais altivos
Não se permitem relapsos, quiçá atritos
O que tu ganha com esse palavredo?
Falo do modo que mais me convém
Arrumando o que ocê tem medo
Ei, pare de me oiá como quem não tem!
Esdrúxulas palavras de um reles tolo
Achas mesmo que detém tais regalias?
Percorri profundas alcovas em busca do ouro
Meu conhecimento infinitesimal, finas iguarias
Bizoiando esse monte de palavra ramiada
Só me acutuca os pensamento mais tinhoso
Prefiro sê simples e continuar a jornada
Pro abraço da morte, simples e carinhoso
Poderíamos continuar tal contenda por muito
O que prefere diante desta singela moção
Seremos portanto apenas um, um conjunto
Aceite homem, minha propositura, não diga não!
Essa cultura de encafifada num tem nada
Ôxi, pois vamo caminhá junto nessa estrada
A gente é apenas um, mas um monte de alma
É o Brasil, ainda dá pra salvá quem não se cala
domingo, 5 de janeiro de 2014
Persevero
Entre as quedas persevero
São tantas as marcas em mim
Mas sem titubear, persevero
Mesmo que ainda não veja o fim
Por vezes não persevero
E começo a não mais seguir
Mas meu caminho eu persevero
Porque só tenho uma escolha, ir
Repito pra mim e persevero
A única palavra que ecoa no coração
Sem nunca gaguejar, persevero
Meu ser a sair da escuridão
sábado, 4 de janeiro de 2014
Beijava
"Te beijava sem jeito
[faminta
envergonhada
e pelo beijo
te entrava
[emburacava
te fazia minha morada"
Sentia os teus lábios
ávidos
molhados
e pelo beijo
te amava
te arranhava
me perdia em seus afagos
Meus olhos fechados
escuro
o tato
e pelo beijo
te apertava
me trocava
minha língua em seu palato
Minhas mãos cheias
quentes
atraentes
e pelo beijo
me incendiava
esfregava
os teus toques indecentes
Imagem, primeiros versos e inspiração original: Mariana Sales - "Mari-Marionete"
Sonhos em Movimento
As curvas incessantes das retas transbordam
O eloquente prazer que ressoa aos meus olhos
Memórias que perpassam, se vão e retornam
Impermeáveis como que untadas com óleos
Imagens são criadas por meus agenciamentos
Penso que talvez não devesse ter sido tão bom
Aquelas cores insossas que montavam jumentos
Mastigando horrores, a vida e até um bombom
Caindo através do vazio tão repleto de nada
Sentindo o vento que uma vez foi tão refrescante
Começo a sentir que talvez não esteja na estrada
De repente acordado com as mãos na estante
O eloquente prazer que ressoa aos meus olhos
Memórias que perpassam, se vão e retornam
Impermeáveis como que untadas com óleos
Imagens são criadas por meus agenciamentos
Penso que talvez não devesse ter sido tão bom
Aquelas cores insossas que montavam jumentos
Mastigando horrores, a vida e até um bombom
Caindo através do vazio tão repleto de nada
Sentindo o vento que uma vez foi tão refrescante
Começo a sentir que talvez não esteja na estrada
De repente acordado com as mãos na estante
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Inexorável
Singela, simples, direta
Aquele nariz azulado, só dela
Em seus traços, muito sincera
Sempre encontra quem espera
As emoções aflorando em cortes
Se fazendo e refazendo em traços
Papel cartão, reciclado, recortes
Desorganizado, sem embaraços
Conseguiu destilar o que sente ali
Quando vi já entendi e compreendi
Possibilidades infinitas te afastam
Mas acredite, elas nunca bastam
Seu talento é incomensurável
Seu sucesso? Inexorável
Em homenagem à Paula Siebra
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